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Polícia

Carta reforça tese da polícia em morte de pai e filho em SP

23 abr 2009 - 13h01
(atualizado às 16h25)
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A polícia de São Paulo encontrou uma carta na cena em que foram encontrados os corpos de pai e filho no bairro de Mirandópolis, região nobre de São Paulo. Segundo delegados ligados à investigação, o texto seria a prova material de que o advogado Renato Ventura Ribeiro, 39 anos, se encontrava abalado emocionalmente por ter perdido a chance de ter a guarda do filho.

A Polícia Militar (PM) encontrou por volta das 16h de ontem os corpos de um professor de Direito da Universidade de São Paulo e de seu filho de 4 anos dentro de um apartamento em um condomínio residencial na avenida Senador Casemiro da Rocha. Segundo a diarista Marcia Souza, 36 anos, que encontrou os corpos, ambos estavam deitados na cama com marcas de tiro e em avançado estado de decomposição. Uma pistola que foi encontrada no local é a provável arma do crime.

O delegado-assistente do 16° Distrito Policial (Vila Clementino) Newton Santos da Costa, afirmou que a carta reforça a natureza da ocorrência: homicídio seguido de suicídio. "Depoimentos indicam que ele estava muito deprimido por perder a guarda do filho. Ele chega a falar em 'corrigir um erro'", diz o delegado.

O delegado Virgílio Guerreiro Neto afirmou nesta quinta-feira em entrevista ao SPTV que encontrado morto na quarta-feira ao lado do filho de 5 anos, deixou uma carta. Os corpos foram encontrados pela empregada doméstica do professor da Universidade de São Paulo (USP), dentro de um apartamento na zona sul da cidade.

A carta foi redigida em um computador e a polícia apreendeu o desktop de Ribeiro para investigar se a carta foi redigida em seu computador. Os corpos estão sendo perciados e os laudos devem sair em 30 dias ou menos.

Segundo o titular do 16º Distrito Policial, a polícia acredita que o homem possa ter assassinado a criança e se matado em seguida. "A carta indica que ele já vinha preparando isso há algum tempo. Pelo que foi apurado até agora, leva a crer que foi premeditado", explica o delegado.

O caso

A Polícia Militar (PM) encontrou nesta tarde os corpos do professor dentro de um apartamento em um condomínio residencial na avenida Senador Casemiro da Rocha. Segundo a diarista Marcia Souza, 36 anos, que encontrou os corpos, ambos estavam deitados na cama com marcas de tiro e em avançado estado de decomposição. Uma pistola que foi encontrada no local é a provável arma do crime.

Questionado ontem sobre a hipótese de homicídio seguido de suicídio, o delegado concorda. "Pela experiência, não vejo chance de ser algo diferente", disse. Entre os motivos para a versão, o delegado aponta uma recente disputa judicial pela guarda do menino perdida e algumas ameaças. "Segundo a mãe, violento ele não era, mas eles tinham uma relação de disputa pelo filho. Ele fazia ameaças de que ia sumir com a criança", disse Guerreiro.

Ribeiro apanhou o filho na última sexta-feira e deveria devolvê-lo no domingo, dia do aniversário da mãe. Após desconfiar da demora na entrega da criança e sem conseguir falar com o pai, a mãe registrou um Boletim de Ocorrência do descumprimento da determinação judicial de devolver a criança na segunda-feira.

O menino era filho de um relacionamento amoroso de poucos meses entre o casal. "Eles nunca foram casados nem moraram juntos", disse o delegado. O pai tinha direito de ver o filho a cada 15 dias e lutava na Justiça pelo direito de morar no apartamento onde vivia há 10 anos com ele. Uma amiga da família que não quis se identificar afirmou que Ribeiro "adorava" o filho. Ribeiro foi descrito como um homem quieto e profissional eficiente pela mesma pessoa.

Segundo o Serviço Funerário de São Paulo, a família não autorizou a divulgação de horário e local dos enterros.

Fonte: Terra
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