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Polícia

Cabrini pode depor no julgamento do caso Eloá; Sônia Abrão não vai

10 fev 2012 - 12h55
(atualizado em 11/2/2012 às 14h00)
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Marina Novaes
Direto de São Paulo

Seis jornalistas podem ser ouvidos como testemunhas durante o julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Pimentel em 2008. O julgamento começa na próxima segunda-feira, em Santo André (Grande São Paulo) e, entre os jornalistas convocados pela defesa, estão a apresentadora Sônia Abrão, da RedeTV, e Roberto Cabrini, do SBT. Contatadas pelo Terra, as emissoras ainda não se manifestaram, mas a assessoria de Sônia Abrão informou que a apresentadora não irá depor.

O caso Eloá foi o mais longo cárcere privado do Estado de São Paulo
O caso Eloá foi o mais longo cárcere privado do Estado de São Paulo
Foto: Reinaldo Marques / Terra

De acordo com a promotora de Justiça Daniela Hashimoto, que concedeu uma entrevista sobre o julgamento nesta sexta-feira, por não morarem em Santo André, os jornalistas não têm obrigação de comparecer - assim como qualquer testemunha que não seja residente do local onde o caso será julgado. Caso os jornalistas decidam ir, eles correm o risco de não serem ouvidos, já que os advogados do jovem podem dispensá-los.

Sônia Abrão entrevistou Lindemberg ao vivo enquanto ele mantinha Eloá em cárcere privado, na casa da família da vítima. A entrevista rendeu intensa polêmica, mas a promotora evitou avaliar se a convocação de repórteres é uma tentativa da defesa em culpar a imprensa pela "espetacularização" do caso.

O jornalista Roberto Cabrini entrou em contato com o Terra e disse que a sua cobertura sobre a tragédia não pode ser comparada a "espetacularização" feita na época do sequestro por parte da mídia, pois as suas primeiras matérias foram feitas duas semanas depois, quando se dedicou a reportagens sobre o realizado pela Polícia na ocasião.

Ao todo, 19 testemunhas foram convocadas, sendo 14 de defesa e cinco de acusação. Entre as testemunhas de defesa, estão quatro peritos criminais, um advogado, o delegado de polícia que acompanhou o caso na ocasião, os seis jornalistas e dois policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que participaram das negociações.

Segundo a promotora, Lindemberg será julgado por 12 crimes, entre eles o assassinato de Eloá, a tentativa de assassinato da estudante Nayara, amiga da vítima, e a tentativa de homicídio do sargento da PM Atos Antonio Valeriano.

Veja a lista de testemunhas convocadas:

Pela defesa:

Seis jornalistas:

Sônia Abrão

Roberto Cabrini

Ana Paula Neves

Reinaldo Gottino

Márcio Campos

Rodrigo Hidalgo

Quatro peritos criminais:

Dairse Lopes

Ricardo Molina

Alves Nelson

Hélio Ramacciotti

Outros convocados:

Adriano Giovanini (policial militar do Gate)

Paulo Sérgio Schiavo (policial militar do Gate)

Marcos Cabello (ex-advogado da família de Lindemberg)

Sergio Luditza: delegado

Pela acusação:

Nayara Rodrigues: amiga de Eloá, ficou em cárcere privado e foi atingida por um tiro

Sargento da PM, Atos Valeriano: alvo de um disparo durante as negociações

Iago Vilela de Oliveira: amigo de Eloá, que ficou em cárcere privado no 1º dia

Victor Lopes: amigo de Eloá, que ficou em cárcere privado no 1º dia

Ronickson Pimentel: irmão mais velho de Eloá

Fonte: Terra
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