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Polícia

Cabral agradece a Eike Batista na inauguração de sedes de UPPs

9 jul 2012 - 13h22
(atualizado às 14h24)
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Na inauguração das novas sedes administrativas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Complexo do Alemão, na manhã desta segunda-feira, nem os generais que comandaram o Exército que ocupou a comunidade por mais de um ano mereceram tantos elogios do governador Sérgio Cabral quanto o empresário Eike Batista. Cabral fez questão de destacar a participação de Eike na construção das unidades.

O governo do Rio de janeiro inaugurou a UPP Nova Brasília nesta segunda
O governo do Rio de janeiro inaugurou a UPP Nova Brasília nesta segunda
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press

"Só havia um caminho para que vencêssemos a letargia que dominava o estado. Eike Batista teve uma participação especial. A iniciativa privada deve participar do processo da construção da paz", disse o governador. O empresário bancou a construção das duas unidades. A da Fazendinha custou R$ 1,67 milhão, e a da Nova Brasília, R$ 1,189 milhão. Eike não compareceu à cerimônia, mas mandou um diretor da EBX representá-lo.

Cabral também agradeceu ao exército, citando o nome do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim - que ocupava o cargo na época da ocupação da comunidade - e destacou a "firmeza incrível" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nas duas unidades da comunidade - que tem 40 mil moradores - vão trabalhar 660 agentes policiais.

Seis generais do Exército participaram da solenidade, além do ministro da Defesa, Celso Amorim, do comandante das UPPs, Rogério Seabra, do comandante da Polícia Militar, Erir Ribeiro Costa Filho, e do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

"Deixamos o Alemão com a sensação de dever cumprido. No início, usávamos capacetes, coletes e as pessoas tinham medo de olhar nos nossos olhos. Conseguimos ganhar a confiança da população com o passar do tempo. Foi uma operação difícil", lembrou o chefe do Comando Militar do Leste, coronel Adriano Pereira Júnior, que comandou a Força de Pacificação.

O ministro Celso Amorim destacou o sucesso da operação do Exército, que deixa oficialmente a região nesta segunda-feira. "Ao garantir a lei e a ordem no Complexo do Alemão, o Exército brasileiro cumpriu seu papel. Os homens do Exército garantiram não só a defesa, mas o pleno exercício da cidadania por parte da população", disse.

Ocupação no Rio

O Complexo do Alemão foi ocupado por forças de segurança no dia 28 de novembro de 2010. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência, numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. Três dias antes da operação, a polícia havia assumido o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambas as comunidades eram dominadas, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho.

As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques de criminosos nas ruas do Rio de Janeiro. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados. Após as ocupações, foi criada a Força de Pacificação (FPaz), constituída pelo Exército e pelas polícias Civil e Militar, para atuar na região.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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