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Polícia

Beltrame: vereador preso se valia do mandato para ter blindagem

13 abr 2011 - 15h31
(atualizado às 15h55)
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Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou que o vereador Luiz André Ferreira da Silva (PR), o Deco, era o líder de uma quadrilha de milicianos desarticulada hoje pela Polícia Civil em Jacarepaguá, na zona oeste. "O Deco era o líder do grupo e se valia do mandato para ter uma certa blindagem", disse.

O vereador Deco foi detido em sua casa pela Polícia Civil
O vereador Deco foi detido em sua casa pela Polícia Civil
Foto: Osvaldo Praddo / O Dia

Beltrame afirmou também que o fato de haver denúncia contra Deco sobre um plano para matar a atual chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, e o então presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias, deputado Marcelo Freixo, não tem importância para a apuração que levou o vereador à prisão. "Esse fato é pretérito. Para essa investigação, não tem qualquer relevância", disse.

Na manhã desta quarta-feira, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) realizou uma operação para cumprir 14 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão contra pessoas acusadas de fazer parte de um grupo de milicianos que atua em pelo menos treze comunidades em bairros de Jacarepaguá. Deco foi localizado e preso em casa, no Pechincha.

"Não participo de milícia nenhuma. Pode puxar minha ficha que do primeiro ao quarto ofício não tem nada", disse Deco ao ser preso. Outras duas pessoas também estão sob custódia: o advogado Arilson Barreto das Neves, o Cabeça, e o miliciano Edilberto Gomes Alves, o Bequinho, ambos considerados como homens de confiança do vereador.

O grupo chefiado pelo vereador ainda é acusado de formação de quadrilha armada e outros delitos, como homicídios, ocultação de cadáver, tortura, estupros, furto de sinal de televisão e internet, controle no fornecimento de gás, prestação irregular do serviço de transporte alternativo, exploração de máquinas caça-níquel, entre outros. Os milicianos também estariam tomando conta de terrenos da prefeitura, que seriam loteados e vendidos.

Fonte: O Dia
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