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Polícia

Bebê de 3 meses é espancado pelo pai e tem morte cerebral

6 mar 2015 - 11h03
(atualizado às 11h04)
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Recém-nascido João Vitor deu entrada já em estado grave, desfalecido e com vários hematomas no corpo
Recém-nascido João Vitor deu entrada já em estado grave, desfalecido e com vários hematomas no corpo
Foto: Pronto Socorro / Divulgação

O pai de um bebê de três meses, que teve morte cerebral após ser espancado em casa, na periferia de Várzea Grande (MT), é o principal suspeito da violência e, por conta disso, o delegado que investiga o caso pediu a prisão dele. A Justiça acatou.

O bebê João Vitor teve morte cerebral no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande na terça-feira (06) à noite, dez dias após as agressões. Desde o dia da internação, a equipe médica encaminhou a criança à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), após diagnóstico de isquemia cerebral e dos diversos sinais de hematomas espalhados pelo corpo.

A prisão preventiva do pai, de 25 anos, foi decretada nesta quinta-feira (5) pela 2ª Vara Criminal de Várzea Grande, mas ele está foragido. A mãe da criança contou inicialmente à polícia que o bebê tinha caído e machucado.

Após ela ser internada, o casal seguiu para a delegacia, prestou depoimento, sendo liberado por falta de provas, que justificassem a detenção de ambos.

Porém, o delegado que conduz o inquérito do caso, Cláudio Alvarez, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande, desconfiou que a mãe, de 17 anos, não estivesse dizendo a verdade e voltou a intimá-la a depor, foi quando ela mudou a versão. Ela revelou que o pai chamou o bebê de “desgraça”, desferiu socos na cabeça e corpo dele e o jogou no chão.

O laudo do exame de corpo delito apontou traumatismo craniano e um hematoma no olho, além de escoriações pelo corpo. Conforme o delegado, o laudo aponta claramente que a história de queda não justificaria. “Nem se o bebê tivesse caído três vezes”, assegura Alvarez.

Com o laudo em mãos, indicando que uma queda não resultaria no grave quadro médico do menino, o delegado afirma que a mãe ficou confusa e decidiu contar a verdade. “No dia da agressão, o bebê estava chorando muito quando o pai chegou em casa. Ele tinha sido despedido do emprego. Deitou nervoso na cama e o bebê não parava de chorar por cólica. Então o pai levantou da cama e gritou com a mãe. Ela saiu de casa e voltou depois de duas horas, mas o filho continuava chorando. Então o pai levantou novamente da cama, tirou a criança do colo da mãe com força, ergueu e o atirou de cabeça contra o piso”.

O pai, em depoimento, negou ter agredido o filho. A violência foi denunciada pelos avós maternos do bebê à Guarda Municipal de Várzea Grande.

Fonte: Terra
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