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Polícia

BA: PMs cobram promessa do governador e anunciam novo ato

5 mar 2012 - 17h39
(atualizado às 17h49)
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Integrantes da Polícia Militar da Bahia prometem fazer nova manifestação em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Estado na manhã de terça-feira. Sindicalistas acusam o governador Jaques Wagner (PT) de não cumprir a promessa, anunciada em rede de TV e rádio, de que não haveria punição aos PMs pela greve de 12 dias realizada no mês passado.

Os PMs estão paralisados desde terça-feira
Os PMs estão paralisados desde terça-feira
Foto: Lúcio Távora / Agência A Tarde

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"O governo está sendo intransigente. Se ficar definido lá pelos manifestantes que faremos uma nova ocupação da Assembleia, isso será feito", avaliou o diretor administrativo da Associação dos Profissionais de Polícia e Bombeiros (Aspol), Sargento José Lourenço Dias, afirmando que há pelo menos cem processos administrativos na corporação com "único objetivo de demitir policiais grevistas".

Além disso, manifestantes farão vigília para acompanhar a votação do projeto de lei sobre o pagamento das Gratificações por Atividade Policial (GAP) IV e V, prevista para amanhã. Essa era uma das principais reivindicações da categoria durante a greve.

A greve

A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.

A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.

Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.

Fonte: Agência A Tarde
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