PUBLICIDADE

Polícia

BA: dirigentes da ONG Pierre Bourdieu são detidos por irregularidades

3 ago 2013 - 00h54
(atualizado às 00h54)
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente, três diretores e o contador da ONG Pierre Bourdieu foram detidos nessa sexta-feira por suspeita de ter celebrado convênios irregulares com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Esporte e Lazer (Secult) e com a Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Alvo de uma operação conjunta, chamada Prometheus, deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública e pelo Ministério Público Estadual (MPE), foram cumpridos sete mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Os três convênios investigados envolvem recursos da ordem de R$ 100 milhões.

Com prisões temporárias decretadas, os suspeitos, além do dono de uma das empresas que forneciam notas fiscais, foram conduzidos à Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), em Piatã. A Operação Prometheus resultou ainda na apreensão de computadores, de outros equipamentos eletrônicos e de documentos fiscais e de crédito, em diversos locais, dentre os quais a sede da ONG, situada próxima ao Largo dos Aflitos.

Cem policiais civis participaram da ação, coordenada pela delegada Susy Ane Brandão e pelo promotor Ariomar José Figueiredo da Silva, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE. A operação busca comprovar autoria e materialidade de fatos relacionados aos crimes de falsidade ideológica, fraude a licitações, desvio de dinheiro público e outros delitos praticados contra a Administração Pública.

A investigação teve início em novembro de 2012, quando um ex-integrante da ONG denunciou a falsificação do seu nome em um documento referente as eleições do quadriênio 2010/2014 da entidade. “A partir daí começamos a investigar outras ações da Ong, até que foram encontrados indícios de superfaturamento e desvio de recursos públicos”, explicou a delegada.

“Os convênios sob investigação eram destinados à qualificação de funcionários de creches e escolas, mas ficou constatado que houve terceirização irregular para prestação do serviço”, continuou Susy Brandão.

Os também promotores públicos Gervásio Lopes da Silva Júnior e Marcos Pontes de Souza acompanharam o cumprimento dos mandados judiciais, nos Aflitos, na avenida Paralela e nos bairros de São Marcos, Cabula, Caminho das Árvores, Imbuí e Itaigara, dentre outros. As investigações prosseguem, visando principalmente a averiguar quanto dos recursos reservado aos convênios foi desviado.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade