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Polícia

Auditoria militar é comunicada da prisão dos bombeiros no Rio

6 jun 2011 - 21h23
(atualizado às 21h31)
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A Auditoria Militar do Estado do Rio de Janeiro, que trata de crimes cometidos por bombeiros militares e PMs, foi comunicada formalmente na noite desta segunda-feira da prisão em flagrante dos 439 agentes que participaram da invasão do Quartel Central na sexta. O documento foi recebido pela juíza Ana Paula Pena Barros.

O subcorregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes, entregou o pedido de prisão de todos os envolvidos. A juíza repassou o documento para o Ministério Público, que tem prazo máximo de 20 dias para se pronunciar sobre a legalidade da prisão. Em seguida, o caso volta à juíza, que deverá decidir se revoga ou mantém a prisão dos militares.

O presidente da Associação de Cabos e Soldados do Corpo de Bombeiros, Nilo Guerreiro, disse que 13 associações de classe, que representam os bombeiros e PMs, vão ingressar na terça-feira com um habeas corpus coletivo na Justiça, pedindo a soltura dos 439 bombeiros.

Os agentes detidos no sábado estão divididos em dois grupos: a maior parte dorme no quartel do bairro de Charitas, em Niterói (RJ), e o restante, no Grupamento Especial Prisional (GEP) do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão, zona norte da capital fluminense.

Bombeiros na cadeia

Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando-Geral dos Bombeiros, na praça da República, em 3 de junho. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como escudo humano para impedir a entrada da cavalaria da Polícia Militar no local. No entanto, o Batalhão de Choque da Polícia Militar (Bope) invadiu o quartel por volta das 6h do dia seguinte e prendeu 439 bombeiros.

Os integrantes do protesto responderão pelos crimes de motim, dano ao aparelhamento militar (carros e mobiliário), dano a estabelecimento (quartel) e inutilização do meio destinado a salvamentos (impedir que carros saíssem para socorro). Dados oficiais apontam que os manifestantes danificaram viaturas, arrombaram portas do quartel e saquearam alimentos.

A situação vinha se tornando mais tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Os bombeiros alegavam não ter recebido contraproposta do Estado sobre a reivindicação de aumento do piso mínimo para R$ 2 mil. Segundo eles, os profissionais recebem cerca de R$ 950 por mês.

Bombeiros protestaram nesta 2ª em frente à Assembleia Legislativa contra a prisão de colegas
Bombeiros protestaram nesta 2ª em frente à Assembleia Legislativa contra a prisão de colegas
Foto: Guto Maia / Futura Press
Agência Brasil Agência Brasil
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