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Polícia

Audiências de PMs acusados de matar juíza têm início no Rio

9 nov 2011 - 10h33
(atualizado às 10h46)
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Luís Bulcão
Direto do Rio de Janeiro

As audiências para julgamento dos 11 policiais militares acusados de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli tiveram início na manhã desta quarta-feira no Rio de Janeiro. Em oitivas marcadas também para os dias 10, 11, 16, 17 e 18 de novembro, serão ouvidas primeiro as 14 testemunhas de acusação. A seguir, prestarão depoimento as 130 testemunhas convocadas pela defesa dos PMs.

Após a morte da juíza, familiares e amigos dela pediram a expulsão dos policiais suspeitos de cometer o crime
Após a morte da juíza, familiares e amigos dela pediram a expulsão dos policiais suspeitos de cometer o crime
Foto: Alessandro Buzas / Futura Press

O tenente-coronel Cláudio Olivieira, que comandava o 7º Batalhão da PM (São Gonçalo), e seus ex-subordinados Daniel Benitez, Sérgio Costa Júnior, Jovanis Falcão Junior, Jeferson de Araújo Miranda, Charles Azevedo Tavares, Alex Ribeiro Pereira, Júnior Cezar de Medeiros, Carlos Adílio Maciel Santos, Sammy dos Santos Quintanilha e Handerson Lents Henriques da Silva também serão ouvidos. Os depoimentos só ocorrerão ao final da exposição das testemunhas.

Juíza estava em "lista negra" de criminosos

A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto, na porta de sua residência em Piratininga, Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados mais de 20 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.

Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.

Fonte: Especial para Terra
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