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Polícia

Assessor parlamentar e mais 20 são presos em operação da PF no Sul

Ação quer desarticular uma organização criminosa que atuava no contrabando e exploração de jogos de azar

25 abr 2013 - 13h53
(atualizado às 13h59)
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Operação da PF desmontou uma organização criminosa que atuava no contrabando e exploração de jogos de azar no PR, RS e SC
Operação da PF desmontou uma organização criminosa que atuava no contrabando e exploração de jogos de azar no PR, RS e SC
Foto: Polícia Federal do Paraná / Divulgação

Vinte e uma pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF) na Operação Fractal, deflagrada na manhã nesta quinta-feira pela Polícia Federal nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A operação busca desarticular uma organização criminosa que atuava no contrabando e exploração de jogos de azar.

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De acordo com o delegado da PF José Alberto Iegas, que conduziu a operação, entre os presos está um assessor parlamentar de um deputado estadual do Paraná, policiais militares e civis paranaenses, auditores da Receita Federal do Brasil e da Receita Estadual do Paraná. Segundo ele, os envolvidos na organização criminosa “são pessoas que ocupam postos importantes na administração pública”.

Ao todo, estava previsto o cumprimento de 23 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária, 29 mandados de condução coercitiva e 40 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos ainda 13 veículos durante a operação. 

O esquema seria chefiado pelo assessor parlamentar do deputado Waldyr Pugliesi (PMDB). Um dos mandados de apreensão foi cumprido no gabinete do deputado na Assembleia Legislativa. Segundo o delegado, o deputado estadual não faz parte do grupo que atuava no contrabando e em jogos de azar. Haveria ainda a participação de outro assessor parlamentar. “Durante as investigações foram mencionados nomes de vários deputados, mas eles não foram investigados porque os nomes foram apenas referidos. Não há indícios da participação de deputados”, ressalta Iegas.

Os integrantes da organização criminosa, entre eles policiais militares, facilitavam a passagem de mercadorias contrabandeadas por outros envolvidos no esquema. Além disto, extorquiam contrabandistas concorrentes. “O Paraná é a porta de entrada para produtos contrabandeados, como mercadorias eletrônicas e cigarro. O foco principal da quadrilha era o cigarro, que era distribuído para Curitiba, São Paulo e outros grandes centros”, ressaltou Iegas. 

O delegado contou que, através do assessor parlamentar, havia a tentativa de influenciar autoridades em diversos órgãos públicos, como Polícia Federal, Receita Estadual, Receita Federal, Polícia Civil e Polícia Militar. Nas rotas de contrabando, os policiais faziam “vistas grossas” para a passagem das mercadorias nas estradas paranaenses. Com o dinheiro resultante da atividade, os criminosos compravam bens e também lavavam dinheiro em jogos de azar em Santa Catarina.

A Polícia Federal divulgou inicialmente que o esquema movimentou centenas de milhares de reais, mas Iegas não confirmou o montante. Apenas ressaltou que as investigações ocorrem há dois anos e foi decretado segredo de Justiça no caso. Por isto, os nomes dos envolvidos e mais informações sobre a operação não podem ser divulgados. 

Fonte: Especial para Terra
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