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Polícia

Após exame no IML, Edmundo aguarda transferência para o Rio

16 jun 2011 - 05h15
(atualizado às 11h12)
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Leandro Bastos
Direto de São Paulo

O ex-jogador e atual comentarista esportivo Edmundo Alves de Souza Neto, 40 anos, preso no início da madrugada desta quinta-feira em São Paulo, realizou exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), próximo ao Ceasa, e retornou para a 3ª Delegacia Seccional da Polícia Civil, em Pinheiros, na zona oeste, onde se encontrava. A ida e volta do ex-atleta até o IML durou cerca de 30 minutos.

Confira os jogadores que estiveram nas páginas policiais

O ex-jogador, que estava foragido após ter um mandado de prisão expedido no Rio de Janeiro, foi encontrado em um flat, localizado na rua Amauri, 513, no Itaim Bibi, zona sul da capital, por meio de uma denúncia anônima. A polícia chegou ao local à 0h30 e foi recebida pelo comentarista, que estava calmo. Edmundo, depois de ligar para o advogado, foi conduzido à 3ª Delegacia Seccional.

Durante a madrugada, Edmundo ficou acomodado sozinho em uma sala da delegacia com portas de vidro. Jornalistas aguardavam por novidades ao lado de fora desta sala. Aparentemente tranquilo, mas abatido segundo os policiais que tiveram um contato mais próximo, o ex-atacante recebeu um advogado que levou leite com chocolate, o único alimento durante o período no qual ficou na sala.

Edmundo não quis falar com a imprensa na saída para o IML. O comentarista deixou o local em uma viatura descaracterizada da Polícia Civil, uma parati vermelha. De acordo com a polícia, Edmundo ficará numa cela, sozinho, até que seja providenciada a sua transferência para o Rio de Janeiro.

Três mortes na Lagoa

Na madrugada do dia 2 de dezembro de 1995, quando saía de uma boate na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, o então jogador do Flamengo chocou seu Jeep Grand Cherokee com um Fiat Uno. No acidente, morreram Joana Maria Martins Couto, Carlos Frederico Britis Tinoco e Alessandra Cristini Pericier Perrota, que estavam no outro automóvel. Outras três pessoas ficaram feridas - Roberta Rodrigues de Barros Campos, Débora Ferreira da Silva e Natascha Marinho Ketzer. O laudo da perícia apontou que o jogador estava em alta velocidade.

Em março de 1999, Edmundo foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto. O ex-jogador chegou a passar uma noite na cadeia em função dos homicídios culposos de três pessoas e lesões corporais - também culposas - nas outras três vítimas.

A defesa de Edmundo recorreu, mas a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça manteve a decisão no dia 5 de outubro de 1999. Em 2008, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou a oitava tentativa do ex-jogador de anular a condenação e manteve a pena.

Fonte: Terra
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