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Polícia

Após arrastões, PM promete patrulhamento permanente no Rio

22 nov 2010 - 12h51
(atualizado em 23/11/2010 às 13h04)
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A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira que o patrulhamento em vias expressas, como a avenida Brasil, será permanente. A afirmação foi feita pelo coronel Lima Castro, responsável pelo setor de Comunicação Social da corporação, após a ocorrência de mais um arrastão na manhã de hoje.

"Estamos colocando 140 motocicletas nas ruas hoje. Estas motos puderam ser emplacadas na última sexta-feira e agora já podem ser utilizadas. Além disso, o Batalhão de Choque dará apoio às ações de patrulhamento. O patrulhamento será permanente", disse o coronel Lima Castro.

Na manhã desta segunda-feira, cinco criminosos promoveram um arrastão próximo à avenida Brasil e à Via Dutra, em Irajá, zona norte do Rio. Após roubarem uma van, um Monza e um Uno, os criminosos atearam fogo nos veículos.

Pela manhã, o governador Sérgio Cabral admitiu que os atos criminosos de queima de veículos podem estar ligados ao fato dos traficantes estarem perdendo espaço em decorrência da implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em comunidades do Rio. "Os bandidos pretendem retomar o território perdido com a chegada das UPPs. Os marginais que cometeram estes crimes estão perdendo cada vez mais espaço e estão ficando cada vez com menos espaço para se esconder", disse Cabral.

Nova onda de arrastões neste fim de semana

Motoristas do Rio voltaram a sofrer neste fim de semana com uma onda de arrastões de bandidos em vários pontos do Estado. Ao todo, foram cinco arrastões. O primeiro ocorreu na noite de sábado, na rodovia BR-116 (Rio-Magé), altura de Duque de Caxias, e resultou na morte de um eletricista em frente à família com tiro de fuzil.

Também no domingo à noite, outro ataque ocorreu em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual, em Laranjeiras. À tarde, houve ataques que levaram pânico a motoristas também na Lagoa e na Linha Vermelha. Neste último, criminosos bloquearam o trânsito em plena luz do dia, assaltaram os ocupantes de um carro, incendiaram outros dois e atiraram contra um veículo da Aeronáutica, além de explodirem uma granada.

O arrastão da Linha Vermelha ocorreu por volta das 13h de domingo, quando seis homens armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro da via, altura de Vigário Geral. O grupo estava em dois carros, um Corsa Sedan e um Voyage. Os criminosos levaram pertences de passageiros de um Palio e queimaram um Prisma e um Fox, após expulsarem os ocupantes.

"Eles mandaram a gente sair", afirmou a professora aposentada Maria de Lourdes Albuquerque, 53 anos, que estava no Fox. "Voltei para buscar a minha bolsa depois. Quando o fogo apagou, peguei o que sobrou da minha aliança que tinha escondido no carro", contou.

O sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva estava com um carro oficial, um Fiat Doblò enguiçado na lateral da via, e foi ameaçado. "Quando apontaram o fuzil para mim, eu consegui fugir pelo lado do carona e pular para o mato", afirmou.

Em arrastão na Via Dutra no domingo, uma quadrilha armada com fuzis bloqueou um trecho da estrada sentido São Paulo, na altura de Pavuna, e roubaram um Kia Cerato e um Prisma. Na ação uma das vítimas, Guilherme Feitosa da Silva, 26 anos, foi baleado na cabeça e foi levado para o Hospital Getúlio Vargas. Seu estado de saúde é grave.

Na Lagoa, seis motoristas foram atacados e tiveram dinheiro e pertences levados. A polícia investiga se o ataque na Lagoa foi promovido pelos mesmos ladrões que agiram nas Laranjeiras momentos antes.

Fonte: O Dia
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