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Polícia

Apesar de ocupação, Rocinha tem 8º assassinato em dois meses

1 abr 2012 - 10h59
(atualizado às 11h41)
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Cirilo Junior
Direto do Rio de Janeiro

A polícia do Rio ainda não confirmou o nome do homem assassinado na favela da Rocinha, na madrugada deste domingo. Ele foi morto com um tiro na testa na localidade conhecida como Via Ápia. Não foi informado se essa vítima, que seria conhecido como Dante, tinha relação com o tráfico de drogas local. É o oitavo assassinato na comunidade nos últimos dois meses.

Vem crescendo a ocorrência de crimes na favela, o que fez com que a polícia reforçasse o efetivo presente ali. Inicialmente, foram colocados 130 PMs a mais no patrulhamento, que, posteriormente, ganhou mais 40 homens. Ao todo, 350 policiais estão presentes na Rocinha. Ainda não há previsão sobre a data de instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).

Apesar da presença policial, traficantes estariam tentando retomar pontos de venda na região, com a disputa, inclusive, de quadrilhas rivais. Na semana passada, um líder comunitário, acusado de ser o braço-direito do traficante Nem, que chefiava o tráfico da Rocinha, foi assassinado. Vanderlan Gomes de Oliveira, conhecido como Feijão, foi executado com três tiros de pistola nas costas.

O presidente da Associação de Moradores, Vanderlan Barros de Oliveira, foi assassinado a tiros na última segunda-feira. Na última semana, o coordenador de comunicação social da PM fluminense, coronel Frederico Caldas, afirmou que é difícil manter o controle policial da Rocinha, devido às dimensões da favela, considerada uma das maiores do Brasil.

"Ali é uma área muito grande de difícil acesso. Tem uma rede de vielas ali por dentro, tanto na parte baixa quanto na parte alta, de difícil patrulhamento até a pé. Quem não conhece a Rocinha, não compreende a complexidade, o tamanho e a concentração demográfica", disse. De acordo com Frederico Caldas, a polícia ainda não definiu o efetivo ou a data de implantação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que contará com policiais especializados em policiamento comunitário.

Fonte: Terra
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