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Polícia

Alexandre Nardoni está ansioso e confiante, diz advogado

17 mar 2010 - 19h52
(atualizado em 19/3/2010 às 15h57)
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Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O advogado Roberto Podval, responsável pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, réus pela morte de Isabella, foi visitá-los nesta quarta-feira no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Podval esteve durante a tarde com o pai da menina, a quem descreveu como "ansioso e confiante" com a proximidade do julgamento.

"Falamos sobre os fatos, mas entramos em detalhes", disse o procurador do acusado. O advogado terá encontro com Jatobá na manhã desta quinta-feira para o trabalho de orientação da cliente.

Ainda de acordo com o advogado, a linha de argumentação durante o júri popular seguirá a tese de que o casal é inocente, mirando a completa absolvição e descartando qualquer acordo por uma condenação com pena reduzida. "É tudo ou nada, a meta é a absolvição mesmo. O casal nega os fatos e partimos da premissa de que falam a verdade."

Podval afirma que a defesa deve começar o julgamento em desvantagem depois do que chamou de "bombardeio do caso na mídia", o que pode, segundo ele, ter colocado os jurados com tendência a favor da condenação do casal. "O júri pode entrar no Forum com um pré-julgamento na cabeça e precisaremos reverter isso", disse.

O advogado faz mistério quando é questionado sobre sua estratégia para reverter o jogo desfavorável que tem diante de si. "Isso nós teremos que acompanhar na semana que vem."

O júri

O júri popular previsto para começar na próxima segunda-feira deve acontecer em no mínimo três dias. Por precaução, o Tribunal de Justiça reservou espaço para cinco dias, o que não significa que os trabalhos se prolongarão por toda a semana.

Cembranelli terá quatro testemunhas de acusação: a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, a delegada que presidiu o inquérito, Renata Pontes, e os peritos Rosangela Monteiro e Paulo Sérgio Tieppo Alves. A assistente de acusação Cristina Christo pediu a presença da avó materna, Rosa Maria Cunha de Oliveira. Outras 20 testemunhas foram convocadas pela defesa.

O caso

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai e a madrasta, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada e jogada do sexto andar do edifício. O casal é o único indiciado pelo crime e deve ir a julgamento na próxima segunda-feira.

Advogado visita casal no presídio de Tremembé
Advogado visita casal no presídio de Tremembé
Foto: Grizar Junior / Futura Press
Fonte: Redação Terra
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