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Polícia

Advogado: garoto que matou criança com jet ski foi 'irresponsável'

20 fev 2012 - 20h05
(atualizado às 20h17)
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Mauricio Tonetto

O advogado Maurimar Bosco Chiasso, que defende o adolescente de 14 anos acusado de pilotar o jet ski que atropelou e matou a menina Grazielly Almeida Lames, 3 anos, em Bertioga, no litoral norte de São Paulo, disse que o seu cliente foi "irresponsável e infantil". O jovem deve se apresentar à polícia na próxima quinta-feira, na companhia de Chiasso. Conforme o advogado, a família do acusado deixou a praia logo após a tragédia temendo represálias, já que, segundo ele, havia "um clima de revolta muito grande".

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"Sem dúvida que é uma imprudência, mas outros fatores contribuíram, principalmente a dificuldade de recolher o veículo da água. É inexplicável que um adolescente de 14 anos tome a máquina e saia pilotando. Houve infantilidade e irresponsabilidade do garoto", explicou Chiasso.

O advogado salientou que a residência da família fica dentro da área da praia e que o jet ski estava estacionado em frente à casa, na água. O veículo não era da família, conforme ele, e sim de um amigo do acusado, que estaria em Búzios (RJ) no momento do acidente. Chiasso afirmou que o pai do garoto não se encontrava na praia e que a mãe dele, desesperada, decidiu ir embora logo que ficou sabendo da morte. "Não houve o abandono da residência, mas uma situação de desespero. Qualquer pessoa faria o mesmo. O menino estava sem o pai e a mãe ficou desesperada. Maldosamente disseram que ele abandonou ou fugiu. Isso é invenção e só resta lamentar", disse.

A criança morreu atropelada no final da tarde do último sábado na praia de Guaratuba. Conforme o hospital da cidade, ela chegou a ser resgatada de helicóptero e deu entrada na Casa de Saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Testemunhas informaram à polícia que o condutor do jet ski fugiu sem prestar socorro. O corpo de Grazielly foi enterrado às 10h desta segunda-feira no cemitério municipal de Artur Nogueira (SP).

"Eu pedi à família que se recolhesse, pois o assédio é muito grande. Há um clima de revolta, o que é natural, que pode gerar prejuízos. Ninguém quis a morte de ninguém, de maneira que agora teremos de reparar o fato da maneira que pode ser reparado", afirmou Maurimar Bosco Chiasso.

Fonte: Terra
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