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Polícia

Advogado e promotor do caso Isabella se encontram em evento

12 abr 2010 - 09h30
(atualizado às 10h05)
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O promotor Francisco Cembranelli e o advogado Roberto Podval se encontram nesta segunda-feira durante uma homenagem a eles no Complexo Educacional FMU, em São Paulo. Os dois participaram, pela acusação e pela defesa respectivamente, do julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, condenados pela morte da menina Isabella Nardoni, filha do primeiro.

Veículo carregando um dos condenados deixa fórum
Veículo carregando um dos condenados deixa fórum
Foto: Raphael Falavigna / Terra

Segundo a instituição, os dois cursaram o curso de Direito na complexo educacional - Cembranelli cursava o último ano da faculdade em 1984, quando Podval iniciou o curso. Ainda de acordo com a FMU, após a homenagem, os dois vão falar a alunos de Direito no auditório da Casa Metropolitana.

Novo júri é negado

No último dia 6, o juiz Maurício Fossen, da 2ª Vara do Júri do Fórum de Santana, negou o pedido de um novo júri feito pela defesa do casal. O Magistrado aceitou apenas o recurso de apelação. Alexandre foi condenado a 31 anos, um mês e 10 dias de prisão pela morte da filha, enquanto a madrasta da menina foi punida a 26 anos e oito meses de prisão. A defesa do casal entrou com a representação pedindo um novo julgamento com base em uma lei antiga, em vigor na época do crime, que garante automaticamente um novo júri para penas maiores de 20 anos.

O caso

Isabella, então com cinco anos, foi encontrada morta no dia 29 de março de 2008 no jardim do condomínio onde o pai vivia com a segunda mulher, Anna Carolina, e os dois filhos do casal. A menina vivia com a mãe, Ana Carolina de Oliveira, mas costumava passar os fins-de-semana com o pai, a madrasta e os irmãos.

Segundo a versão de Nardoni, que é advogado, e Anna Carolina, a madrasta, o crime foi cometido por um desconhecido pouco depois que a família, que estava em uma festa, voltou para casa.

O suposto criminoso teria entrado no apartamento com a intenção de roubar pertences da família e empurrado a menina da janela do sexto andar, enquanto Nardoni e a mulher estavam na garagem, recolhendo as outras duas crianças, que tinham dormido no carro.

No entanto, as investigações apontaram que se tratou de um crime cometido pelo pai e pela madrasta que teria ciúmes da mulher com a menina, como declarou na noite da segunda-feira, no primeiro dia do julgamento, a mãe de Isabella, primeira testemunha a comparecer.

Os responsáveis pelo caso e os peritos legistas afirmaram que Isabella foi agredida dentro do automóvel e depois estrangulada no apartamento por sua madrasta. O pai, então, achando que ela estava morta, decidiu atirá-la pela janela, para simular o ataque cometido por uma terceira pessoa.

A mãe de Isabella afirmou que seu ex-marido era um homem violento, que inclusive chegou a ameaçá-la de morte por divergências no momento de escolher a escola da menina.

As provas técnicas constataram rastros de sangue dentro do automóvel de Nardoni e nos corredores do apartamento.

Julgamento

O júri popular de Alexandre e Anna Jatobá durou cinco dias, de 22 a 27 de março, quando foi lida a sentença. A pena foi agravada pelo crime ter sido cometido contra menor de 14 anos, triplamente qualificado por meio cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente pela janela) e com o objetivo de ocultar crime cometido anteriormente (esganadura e ferimentos praticados anteriormente contra a mesma vítima). Nardoni pegou pena maior por ter matado a própria filha.

Fonte: Redação Terra
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