Advogado de Cissa não vê indício de extorsão, mas de corrupção
- Luís Bulcão Pinheiro
- Direto do Rio de Janeiro
O advogado da família de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães que morreu atropelado na noite de 20 de julho, afirmou nesta segunda-feira que não vê indícios de extorsão por parte dos policiais militares que pararam o veículo envolvido no acidente quando deixou o túnel Acústico naquela noite.
"Não vi nenhum indício disso (extorsão). Houve indícios claros de corrupção", disse ele. O advogado afirmou que a diferença é que a extorsão é imposta, enquanto a corrupção é baseada num acordo, independente de quem tenha tomado a iniciativa.
A defesa do motorista, Rafael Bussanra, afirma que os agentes induziram o pagamento de propina e o não comparecimento do motorista na delegacia na noite do atropelamento, relatados pelo pai de Bussanra em depoimento à Polícia Civil.
Silva afirmou que, como representante da família da vítima, acompanha de perto as investigações e mantém a atriz Cissa Guimarães a par das ações dos investigadores. "Por enquanto estamos aguardando e confiando na lisura e na precisão da investigação".
Segundo ele, Cissa Guimarães disse que tenta sair de um estado que ela chama de "morte interior" e que pretende voltar aos palcos nos próximos dias.
Reconstituição
A delegada Bárbara Lomba, titular da 15ª DP do Rio de Janeiro, disse nesta segunda-feira que os quatro jovens que supostamente faziam um racha nos túneis Acústico e Zuzu Angel, na madrugada de 20 de julho, participarão da reconstituição no local, na madrugada desta terça-feira. De acordo com ela, os skatistas que estavam com o músico Rafael Mascarenhas, 18 anos, também foram chamados.
O filho mais novo da atriz Cissa Guimarães morreu após ser atropelado por um Siena enquanto andava de skate no túnel interditado para manutenção. O motorista, Rafael Bussamra, admitiu ter feito o retorno ilegal, mas testemunhas dizem que ele fazia um racha com um Honda Civic.