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Polícia

Advogado da família Matsunaga: suspeito não temeu ser achado

5 jun 2012 - 16h13
(atualizado às 17h06)
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Marina Novaes
Direto de São Paulo

Em uma cerimônia rápida e discreta nesta terça-feira, que marcou o enterro do executivo-chefe da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, o advogado contratado pelo pai e irmão da vítima, Luiz Flávio D'Urso, disse que é estranho o fato de os pedaços do corpo do empresário serem distribuídos pela cidade de Cotia "dia após dia", sem preocupação com os vestígios.

"Parece que esses pedaços foram espalhados para ser encontrados, o que foge do comportamento padrão do homicida, que faz de tudo para não ser descoberto", declarou D'Urso, que também é presidente da OAB de São Paulo. Para ele, o assassino não se preocupou em não ser encontrado, embora um crime como esse tenha uma preparação. "Os cortes foram todos precisos, mas o que chama a atenção é que depois esses pedaços do corpo são acomodados em sacos plástico, são guardados sob refrigeração e distribuídos em vários locais".

D'Urso afirma que não existe qualquer ligação entre a venda da empresa e a morte de Matsunaga. Nem ele nem a família, no entanto, comentam o fato de a mulher do empresário ser a principal suspeita. Ele revelou que a perícia da Polícia Civil não encontrou vestígios de sangue no apartamento do casal, mas os sacos plásticos seriam os mesmos na usados na residência.

O advogado não descarta a participação de mais pessoas no assassinato. "É muito difícil que um crime como esse tenha sido executado por uma pessoa só, mas não é impossível." Até agora, no entanto, a investigação não aponta a participação de mais ninguém.

Desaparecido desde o dia 20

O sepultamento do empresário foi reservado a familiares
O sepultamento do empresário foi reservado a familiares
Foto: Mauricio Camargo / Futura Press

Marcos Matsunaga, 40 anos, desapareceu no dia 20 de maio. Alguns dias depois, partes do corpo do empresário foram encontradas numa estrada em Cotia, na Grande São Paulo. A polícia fez buscas no apartamento do empresário. No local, de acordo com a polícia, foram encontrados sacos plásticos idênticos aos que teriam sido usados para colocar partes do corpo da vítima.

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), após o corpo ter sido encontrado, Elize entregou armas da coleção pessoal do executivo para a Guarda Civil Metropolitana alegando que queria que elas fossem destruídas para contribuir com a campanha nacional do desarmamento. A Polícia Técnico-Científica de São Paulo irá periciar as armas porque suspeita que uma delas - uma pistola 765 - é a mesma que foi usada para balear a vítima, já que o calibre é idêntico.

Segundo pessoas ligadas ao casal, Elisa era ciumenta e nas últimas semanas vinha agindo de um modo estranho porque suspeitava que o marido tinha uma amante.

Fonte: Terra
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