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Polícia

Acusada de matar executivo da Yoki, mulher chega à delegacia

6 jun 2012 - 10h39
(atualizado às 13h55)
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Ricardo Santos
Direto de São Paulo

Chegada de Elise à delegacia causou tumulto na manhã desta quarta-feira
Chegada de Elise à delegacia causou tumulto na manhã desta quarta-feira
Foto: Adriano Lima / Terra

Por volta das 10h desta quarta-feira, Elize Matsunaga, a mulher do executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga e principal suspeita da morte do empresário, causou tumulto na chegada à Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no centro da capital paulista. Ela irá depor oficialmente pela primeira vez desde que foi presa na noite de segunda-feira.

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Assim que desceu do carro, Elize cobriu a cabeça e, amparada pelo advogado José Beraldo, entrou na delegacia sem falar com ninguém. "A família dela entrou em contato comigo para eu assumir o caso", revelou o advogado na delegacia.

Beraldo representou as famílias de Eloá Pimentel, 15 anos, assassinada pelo namorado Lindemberg Alves Fernandes; e Grazielly Almeida Lames, 3 anos, atropelada e morta por uma moto aquática no litoral paulista.

Segundo o delegado Jorge Carrasco, diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), ainda há depoimentos para serem ouvidos, mas a prioridade é fechar a parte pericial. Hoje ainda o apartamento do casal passará por uma nova perícia.

Detida desde segunda na 97ª DP (Imigrantes), Elize foi transferida ontem à tarde para a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. Ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça. O empresário foi assassinado com um tiro e depois esquartejado.

A mulher fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) na madrugada de ontem e, em depoimento informal, negou a participação no crime. Marcos Kitano Matsunaga foi considerado desaparecido no dia 20 de maio. Partes do corpo foram encontradas em várias regiões da Grande São Paulo no dia 27.

A polícia trabalha com a hipótese de crime passional. O delegado Mauro Dias, responsável pelo caso, informou que os agentes investigam se a descoberta de uma suposta traição teria motivado o crime. "Há indícios de traição (por parte de Matsunaga). Baseados em fatos reais", disse o delegado, que preferiu não dar mais detalhes. Segundo ele, não está descartada a participação de mais de uma pessoa no assassinato.

O relacionamento

Elize e Matsunaga eram casados há três anos e têm uma filha de 1 ano. Desde a prisão da mulher, a filha está com uma tia. Marcos era pai também de um filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.

Segundo as investigações, ele tinha um seguro de vida no valor de R$ 600 mil, do qual a mulher e os dois filhos eram os beneficiários. O delegado Jorge Carrasco, porém, rejeita, a princípio, motivações econômicas para o assassinato.

Fonte: Terra
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