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Polícia

Morte de juíza: acusação diz ter provas para garantir pena máxima

29 jan 2013 - 09h43
(atualizado às 13h43)
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Três policiais militares acusados de participação na morte da juíza começaram a ser julgados
Três policiais militares acusados de participação na morte da juíza começaram a ser julgados
Foto: Luiz Roberto Lima / Terra
O promotor Leandro Navega espera por uma pena longa para os três acusados do assassinato da juíza Patrícia Acioli que começaram a ser julgados nesta terça-feira no 3º Tribunal do Júri de Niterói (RJ). Os policiais militares Jeferson de Araujo Miranda, Júnior Cezar de Medeiros e Jovanis Falcão Junior são acusados de homícidio triplamente qualificado, cuja pena pode chegar até 30 anos de prisão, e formação de quadrilha. "A gente espera que seja feita justiça. Temos provas suficientes para que eles sejam punidos com pena máxima", garantiu o promotor. 
 
 
Navega, no entanto, afirmou que vai oferecer o benefício da delação premiada ao PM Jeferson de Araújo Miranda, caso ele ofereça mais informações sobre o crime. "Ele fez a delação na delegacia e em juízo também. Ele inclusive falou comigo antes do julgamento. Vou oferecer a delação de novo. Vou ratificar o que já foi ofertado", disse o promotor.
 
Foram arroladas 19 testemunhas - oito de acusação e 11 de defesa - para o julgamento, que deve durar até três dias. O caso teve a primeira condenação em dezembro do ano passado, quando o cabo da Polícia Militar Sérgio Costa Junior, réu confesso, foi condenado a 21 anos de prisão. Ele admitiu ter atirado 15 vezes na juíza e obteve a delação premiada, que diminuiu em 15 anos a sua pena.
 
A Justiça ainda não tem data para os julgamentos dos dois principais acusados do crime: o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo) na época do assassinato e teria sido o mandante do assassinato, e o tenente Daniel dos Santos Benitez, que chefiava diretamente o grupo de PMs acusados do crime.
 
O caso
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto de 2011, na porta de casa em Piratininga, Niterói. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados 21 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
 
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
 
Fonte: Terra
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