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PM terá 6 mil na segurança das delegações de Espanha e Brasil

Prefeitura do Rio divulga esquema de trânsito especial para final da Copa das Confederações

28 jun 2013 - 20h25
(atualizado às 20h32)
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A Polícia Militar terá um efetivo de 6 mil policiais na segurança das delegações da Espanha e do Brasil, que se enfrentam neste domingo às 19h, no Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, no Rio. O esquema será estendido também a hotéis, pontos turísticos, aeroportos e na concentração dos manifestantes, atuando em conjunto com outras forças de segurança do Estado.

A prefeitura do Rio divulgou nesta sexta-feira o esquema de trânsito especial para a final da Copa das Confederações. O plano prevê interdições de ruas e avenidas próximas ao estádio e orienta motoristas a evitarem a região durante a operação, que começa a proibir o estacionamento nas ruas do entorno do Maracanã às 17h deste sábado.

No dia da partida, o esquema vai ser colocado em prática às 13h, com a interdição da rua Professor Eurico Rabelo. A partir das 14h, todo o entorno do estádio será bloqueado, uma hora antes da abertura dos portões. Ao todo, 735 controladores da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) e operadores da Guarda Municipal estarão na região para orientar os motoristas. Além disso, painéis com mensagens também farão parte do roteiro, indicando as alterações e alternativas no trânsito.

Assim como nos jogos anteriores, os torcedores terão direito a gratuidade no metrô e trem na ida ao Maracanã, utilizando o ingresso do jogo. Na volta, a gratuidade valerá apenas nas estações São Francisco Xavier, São Cristóvão e Maracanã até duas horas após o término da partida. O viaduto Oduvaldo Cozzi, que liga as estações de metrô e trem ao estádio, vai funcionar apenas para acesso dos pedestres. Em relação aos ônibus, a gratuidade não será válida e as 53 linhas que circulam pela região do Maracanã estão programadas para seguirem novas rotas.

Uma manifestação está agendada para o dia da partida, às 10h, com concentração na praça Saens Peña, na Tijuca. O ato seguirá até o Maracanã e tem previsão de encerramento na praça Afonso Pena, no mesmo bairro, onde será iniciada a passeata.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Agência Brasil Agência Brasil
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