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Planilha de Youssef lista projetos no valor de R$ 11,5 bi

Documento aponta também para obras realizadas no exterior e levanta suspeitas de novas irregularidades

6 dez 2014 - 08h01
(atualizado às 08h05)
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<p>Panilha apreendida no escritório de Youssef dá indícios de que desvios iam além da Petrobras, segundo reportagem do jornal <strong>O Globo</strong><br style="box-sizing: border-box; -webkit-font-smoothing: antialiased; text-rendering: optimizelegibility;" /> </p>
Panilha apreendida no escritório de Youssef dá indícios de que desvios iam além da Petrobras, segundo reportagem do jornal O Globo
Foto: Twitter

Uma planilha do doleiro Alberto Youssef, um dos protagonistas da Operação Lava-Jato, traz uma relação de 747 obras de infraestrutura de 170 empresas, levantando suspeitas de que o esquema de desvio de recursos de obras da Petrobras se estende também a outros setores da administração pública, de acordo com reportagem do jornal O Globo, publicada na noite desta sexta-feira. Somados, os valores que constam na planilha encontrada no escritório de Youssef chegam a R$ 11,5 bilhões.

A maioria das empresas listadas na planilha a qual o periódico teve acesso são empreiteiras que, ou foram citadas, ou estão sendo investigadas na Operação Lava-Jato. Entre os projetos, em grande parte realizados com recursos federais e tocadas por governos estaduais, figuram obras em aeroportos, transporte, energia e mineração.

Obras executadas por empreiteiras brasileiras em países como Cuba, Argentina, Uruguai, Equador e Angola, também constam na lista de Youssef, e visitas do advogado da construtora OAS, Alexandre Portela Barbosa, ao escritório do doleiro após viagens a países latinos reforçam as suspeitas sobre os financiamentos de projetos no exterior.

Segundo o periódico, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná classificou a apreeensão do documento como "perturbadora" e acrescentou que o "esquema criminoso de fraude à licitação, sobrepreço e propina vai muito além da Petrobras". Moro disse ainda ser necessário que o caso seja investigado para que as suspeitas de novas irregularidades sejam confirmadas.

Fonte: Terra
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