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PIB decepciona e cresce 0,6% no 1º tri

29 mai 2013 - 11h04
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O Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) avançou 0,6% no primeiro trimestre deste ano em relação aos três últimos meses de 2012, contrariando as expectativas do mercado e do governo, que previam uma expansão acima de 0,9%.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Em valores, o PIB somou R$ 1,1 trilhão no período de janeiro a março.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve um crescimento de 1,9%. Nos últimos doze meses terminados em março, a alta foi de 1,2%.

O resultado lança dúvidas sobre a retomada da economia brasileira, que, em 2012, cresceu apenas 0,9%. O governo previa que o crescimento do PIB nos três primeiros meses deste ano seria de 1% e trabalha com uma expansão anual de 2,7%.

Do lado da produção, o maior destaque foi a agropecuária, com avanço de 9,7%.

Já os serviços cresceram 0,5%, ao passo que a indústria caiu 0,3%.

Sob a ótica do gasto, houve uma recuperação dos investimentos, que avançaram 4,6% de janeiro a março deste ano. O aumento do consumo das famílias e do governo ficaram praticamente estáveis (0,1% e 0%, respectivamente).

Quanto ao setor externo, as importações cresceram 6,3%; já as exportações caíram 6,4%.

Copom

Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai definir o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, atualmente a 7,5% ao ano.

A expectativa é de que haja um aumento de 0,25 ponto porcentual, para 7,75% ao ano.

Uma eventual subida dos juros poderia ajudar a conter o crescimento da inflação, que, em abril, acumulou alta de 6,49% em 12 meses, próximo ao teto da meta pela autoridade monetária, de 6,5%.

No entanto, há o temor de que os juros mais altos também afetem a retomada do crescimento, ainda incipiente.

A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo Banco Central para manter a inflação sob controle ou estimular a economia.

Quando os juros caem, o custo de captação do crédito (como acesso a linhas de financiamento, por exemplo) fica menor e a população tende a consumir mais.

No entanto, sem a ampliação da oferta, o aumento da demanda pode pressionar os preços, gerando inflação.

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