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PGR pede abertura de inquérito ao STF contra Aécio, Marco Maia e Vital do Rêgo

2 mai 2016 - 15h08
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o deputado Marco Maia (PT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo com base em denúncias feitas pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em delação premiada, informou a PGR nesta segunda-feira.

Foto: Reuters

O pedido de investigação feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Aécio envolve acusação de recebimento de propina relativa à estatal de energia Furnas, enquanto as denúncias contra Maia e o ex-deputado Vital do Rêgo dizem respeito à CPMI da Petrobras em 2014, de acordo com a PGR.

Delcídio, ex-líder do governo no Senado que foi preso em novembro do ano passado acusado de tentar obstruir as investigações da operação Lava Jato, disse em sua delação premiada que Marco Maia, seu ex-colega no PT, e o ex-deputado do PMDB Vital do Rêgo, que foi presidente da CPMI, cobravam propina para barrar investigações contra empreiteiros envolvidos na Lava Jato.

Sobre Aécio, que é presidente nacional do PSDB, Delcídio afirmou que o senador era um dos políticos beneficiados de um esquema de corrupção em Furnas semelhante ao descoberto na Petrobras.

A assessoria de imprensa de Aécio negou a acusação nesta segunda-feira, por meio de nota oficial, e disse que o senador considera as investigações necessárias, pois vão demonstrar "a correção da sua conduta".

O deputado Marco Maia afirmou, também em nota nesta segunda-feira, que a investigação irá mostrar que ele é "vítima de uma mentira deslavada e descabida". O petista considerou as acusações como "ilações".

Procurado pela Reuters, o TCU não tinha comentários de imediato sobre a investigação envolvendo o ministro Vital do Rêgo.

Delcídio foi preso no ano passado acusado de tentar obstruir os trabalhos da Lava Jato após ser flagrado em uma gravação oferecendo dinheiro, influência junto ao Judiciário e até uma rota de fuga para favorecer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em troca do silêncio dele na Lava Jato.

O parlamentar foi solto em fevereiro e fechou acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato, em que fez acusações a vários políticos, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de Aécio Neves e outros nomes.

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