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PF prende líder de máfia italiana foragido desde 1984

Chefe do braço armado da Camorra, Pasquale Scotti vivia no Recife desde 1986 e foi condenado à prisão perpétua por 26 assassinatos

26 mai 2015 - 12h35
(atualizado às 12h46)
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A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira, no Recife (PE), o mafioso italiano Pasquale Scotti, um dos líderes da organização napolitana Camorra, condenado à prisão perpétua. Considerado um dos foragidos mais perigosos da Itália, Scotti vivia desde 1986 na capital pernambucana, onde tem dois filhos.

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Pasquale Scotti era identificado como um empresário no Recife chamado Francisco de Castro Visconti. Na Itália, ele é acusado de vários crimes, como porte ilegal de armas, homicídios, coação, extorsão. Em 2005, ele foi condenado à prisão perpétua por uma série de 26 assassinatos.

Pasquale Scotti era identificado como um empresário no Recife chamado Francisco de Castro Visconti
Pasquale Scotti era identificado como um empresário no Recife chamado Francisco de Castro Visconti
Foto: Fernando Diniz / Terra

De acordo com a polícia italiana, Scotti era braço-direito do chefe da Nova Camorra Organizada, Raffaele Cutolo, e comandava a parte militar da máfia. “Ele representava o braço militar da organização, por isso o mais perigoso”, disse o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo. Scotti fugiu das autoridades italianas em 1984, quando estava custodiado em um hospital na cidade de Casória.

O mafioso foi preso nesta manhã, depois de deixar os dois filhos na escola. Segundo a PF, Scotti era casado havia 18 anos e até o momento não há informações de que a família sabia de seu passado. Ele conseguiu fazer documentos no Brasil, com uma certidão de nascimento falsa.  

As principais notícias da manhã no Brasil e no mundo (26/05):

Dono de uma empresa de fogos de artifício e uma corretora de imóveis, além de alguns comércios, o italiano não ostentava riqueza e tentava não se expor. Agora, a polícia brasileira vai investigar se os empreendimentos eram usados para lavar dinheiro de organizações italianas.

“A família dele não tem conhecimento da história dele na Itália. No momento da prisão, ele fez questão de dizer que Pasquale Scotti não existia mais”, disse o delegado federal Valdecy Urquiza Junior, chefe da Interpol no Brasil.

As investigações chegaram até o italiano depois do compartilhamento de dados pela polícia da Itália. A PF começou a monitorar um grupo no Brasil que estaria se comunicando com suspeitos na Itália e confirmou, por comparação do registro de impressões digitais, que Francisco era Pasquale. Como as investigações estão em curso, a polícia não divulgou mais detalhes de como chegou até o mafioso. 

Fonte: Terra
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