PF abre processo contra Protógenes por discurso em comício

A Polícia Federal instaurou nesta sexta-feira um processo administrativo contra o delegado Protógenes Queiroz por ter participado de um comício em Poços de Caldas, em Minas Gerais, em setembro do ano passado.

O processo foi instaurado porque, na ocasião, o delegado teria feito discursos em que falou em nome da instituição PF, o que é proibido pela corporação. Segundo regulamento da PF, a punição para esse tipo de "transgressão" pode variar de uma suspensão até a demissão do delegado.

Notícias relacionadas

Madonna no Rio: Janja é criticada por ir ao show em meio a crise no Rio Grande do Sul

Carro bate contra árvore no Rebouças e proprietário diz que veículo era dirigido por garota de programa: "Ela ainda levou documentos e o celular dele"

Motorista de Porsche diz que não percebeu velocidade e manda recado à família: 'Não tem nada que eu possa fazer'

Hoje, Protógenes disse não temer ser demitido pois, segundo ele, apenas uma minoria dentro do Departamento de Polícia Federal (DPF) deseja sua saída. "Isso aqui é um ato indigno, um ato que merece uma reparação do Poder Judiciário. Há uma minoria bem insignificante dentro do DPF que assim deseja, mas é o desejo da maioria é o que vai prevalecer", disse. "A perseguição continua, isso é uma forma que praticamente deixa clara a perseguição."

Mesmo assim, caso venha a ser demitido, o delegado garante que vai buscar na Justiça o direito de permanecer na corporação. "(Se acontecer) eu vou buscar a proteção do Poder Judiciário para reparação porventura de algum dano causado neste sentido de chegar a demissão", completou.

Vazamentos

O delegado voltou a se colocar como "perseguido" no inquérito que apura os vazamentos da Operação Satiagraha. A investigação é comandada pelo delegado Amaro Vieira, que deve concluir o caso nos próximos dias e sinalizou que Protógenes será indiciado por ter cometidos irregularidades no decorrer da investigação.

Para Protógenes, o inquérito não pode ser levado a sério por ter sido instaurado com o único objetivo de persegui-lo. "Não foi um inquérito policial levado a sério. É um inquérito que teve o único objetivo de ser uma perseguição pessoal, representa que é uma perseguição contra todos os delegados da PF porque isso aí atingiu a imagem da instituição, como atingiu a imagem e o respeito que o cargo de delegado tinha", lamentou.