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Petrobras responde documento da ANP sobre interdição da P-33

13 ago 2010 - 14h37
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A Petrobras informou nesta sexta-feira que recebeu na noite de ontem o ofício da Agência Nacional do Petróleo (ANP) sobre a interdição da plataforma P-33, na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro. Em comunicado à imprensa, a estatal respondeu as irregularidades levantadas pela ANP.

Segundo a empresa, a ANP afirma no ofício que durante a fiscalização realizada na quinta-feira identificou "significativos desvios de segurança". Entre as falhas, a agência cita a modificação de sistemas críticos em relação à documentação de segurança operacional (DSO) aprovada pela ANP, além da existência de análises de risco obsoletas em relação à realidade operacional da unidade, equipamentos críticos com planos de manutenção expirados, acidentes não comunicados, dentre outros problemas de integridade mecânica e elétrica.

Sobre a modificação de sistemas críticos em relação à DSO, a Petrobras presume que o item "refere-se a geradores provisórios, instalados para substituir temporariamente o sistema de geração a vapor da plataforma, durante a manutenção da caldeira". Segundo a estatal, os geradores não foram inseridos na DSO porque "tratavam-se de modificações transitórias".

A estatal rebateu ainda a acusação de existência de análises de risco obsoletas. Segundo a Petrobras, a análise de riscos da P-33 foi atualizada em 2007. "Seguindo as melhores práticas internacionais, essa análise sofre revisão a cada cinco anos, portanto está válida até 2012", diz o comunicado.

Sobre os equipamentos críticos com planos de manutenção expirados, a Petrobras afirma que houve uma redução de 50 vagas na P-33 em abril, atendendo à Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro. A redução obrigou o replanejamento de "toda a carteira de serviços de manutenção". "Em razão disso, ocorreram repriorizações nas manutenções nos meses de junho e julho, e a recuperação desses atrasos ocorrerá na próxima parada programada", diz.

Sobre o acidente ocorrido no dia 14 de julho na plataforma, que a ANP acusa de não ter sido comunicado pela Petrobras, a estatal afirma que a ocorrência "não caracterizou dano ao meio ambiente ou à saúde humana, nem ferimento de qualquer natureza para pessoal próprio e para terceiros". "O dano material foi considerado insignificante perante o patrimônio envolvido", afirma.

A Petrobras afirmou ainda que os serviços priorizados de recuperação de tubulações, guarda-corpos e grades de piso, bem como a remoção de cabos elétricos que estão fora de uso, serão realizados "antes ou durante a próxima parada programada". "Os riscos dessas instalações estão monitorados e controlados e não comprometem a segurança da P-33 e seus trabalhadores", diz a nota.

A Petrobras reiterou, no texto "seu compromisso de colaborar com os técnicos da ANP" e informou que antecipará a parada programada para a manutenção da plataforma, prevista originalmente para outubro.

Fonte: Redação Terra
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