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Petrobras: advogado da UTC nega "clube" de empreiteiras

Defesa rebateu as acusações de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, sócio da Toyo Setal e delator do suposto cartel de empresas

28 jan 2015 - 21h31
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Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 16/12/2014
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. 16/12/2014
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Os advogados do presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, preso na Operação Lava Jato, afirmaram hoje (28) à Justiça Federal que nunca existiu um "clube de empreiteiras" para dividir contratos com a Petrobras. Para a defesa, a acusação do Ministério Público Federal (MPF), na qual Pessoa é apontado como líder do cartel, é "um vazio sem fim".

Em resposta à ação penal aberta contra o presidente da UTC, a defesa rebateu as acusações de Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, sócio da Toyo Setal e delator do suposto cartel de empresas. Segundo os advogados, as regras de divisão das obras foram sugeridas por Mendonça, desafeto de Pessoa. 

"Não se pode deixar de dizer que Augusto Mendonça era conhecido desafeto de Ricardo Pessoa e foi Augusto quem sugeriu usar as tais regras de divisão de obras citadas por ele na delação numa reunião da Abemi [Associação Brasileira de Engenharia Industrial]. A ideia foi descartada por Ricardo Pessoa, o qual, além do mais, não o apoiou para a presidência da Abemi, cargo muito ansiado por Augusto. Ser presidente da AbemiI era ter prestígio", alegou a defesa.

Ex-diretor da Petrobras, Nestor Ceveró, é preso pela PF:

Em novembro do ano passado, Mendonça Neto disse que havia entendimento prévio entre Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, de que os contratos resultantes do clube "deveriam ter constribuições àquele [o clube]". O delator acrescentou que negociou diretamente com Duque e "acertou pagar a quantia de R$ 50 e 60 milhões, o que foi feito entre 2008 a 2011".

Agência Brasil Agência Brasil
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