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Penúltima em renda, Grande São Luís lidera IDH em educação

Para pesquisadores, periferia menor favorece região; Porto Alegre e Manaus têm piores índices

25 nov 2014 - 13h52
(atualizado às 14h06)
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Com a segunda pior medição de renda e lanterna em longevidade, a Grande São Luís lidera o índice de educação em 16 regiões metropolitanas pesquisadas, segundo estudo divulgado nesta terça-feira. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) para educação da capital maranhense e cidades do entorno ficou em 0,737, à frente da Grande São Paulo, que registrou 0,723, números considerados altos.

Os índices de educação, longevidade e renda são usados para calcular o desenvolvimento humano de uma localidade. Em São Luís, segundo o Atlas das Regiões Metropolitanas lançado hoje, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola era de 95,67% em 2010, enquanto entre 11 a 13 anos no ensino fundamental era de 87,51%.

A expectativa de anos de estudo na região passou de 9,37 anos para 10,30 anos entre 2000 e 2010, enquanto no Brasil passou de 8,76 anos para 9,54 anos. Pelos dados do Censo de 2000, a região da capital maranhense já ficava em terceira no ranking do IDHM de ensino.

Desigualdades nas Metropóles Desigualdades nas Metropóles

Os dados da educação impulsionaram a Grande São Luís para fora das cinco últimas posições no ranking de IDHM, ficando na frente da região metropolitana de Salvador. A liderança maranhense na educação surpreendeu pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) e o ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Néri. A explicação dada foi que a Grande São Luís tem uma periferia menor, que geralmente puxam para baixo os dados das grandes cidades.

“A gente também estranhou, ficou surpreso, mas o fato é que a região metropolitana é praticamente o próprio município”, disse o ministro, após o lançamento do relatório, feito em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Com uma área de 2.898 quilômetros quadrados,  a região metropolitana de São Luís é formada pela capital e outros quatro municípios: Alcântara, Paço de Lumiar e Raposa, São José do Ribamar. Pelos dados coletados pela pesquisa, a localidade já era a terceira com melhor índice educacional em 2000, quando foi realizado outro Censo.

Porto Alegre cai para o fim da lista

Com uma região metropolitana de 34 municípios, Porto Alegre caiu para o fim da lista do IDHM de Educação, ficando apenas à frente de Manaus. Pelos dados do Censo de 2000, a capital gaúcha e as cidades do entorno tinham o oitavo maior índice entre as 16 pesquisadas (0,524) e agora é a 15ª (0,649). A mesma região é a quarta em renda e a segunda em longevidade, apenas atrás do Distrito Federal.

A média da expectativa de anos de estudo da região metropolitana segue superior à do Brasil, mas desacelerou. Enquanto a do País passou de 8,76 anos para 9,54 anos, a da Grande Porto Alegre foi de 10,08 anos para 10,07, menor que da capital maranhense.

Na região, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola era de 73,54% no Censo de 2010, enquanto a de 11 a 13 anos é de 88,29%.

Fonte: Terra
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