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Patriota diz entender frustração do Acre diante de imigrantes haitianos

17 abr 2013 - 07h32
(atualizado às 07h34)
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Cobrado pelo governo do Acre sobre providências em relação aos imigrantes haitianos no País, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse que compreende a 'frustração' das autoridades no que se refere ao tema. O chanceler se reúne na manhã desta quarta-feira, no Palácio Itamaraty, com o governador do Acre, Tião Viana, para detalhar as ações em curso e, mais uma vez, colocar o ministério à disposição das autoridades acreanas.

“Tenho tido contato permanente com o governador Tião Viana, por telefone, e entendo a frustração diante de uma situação tão inusitada como a atual”, disse Patriota. Segundo ele, o “inusitado” foi causado pelo que chamou de “elemento surpresa” devido à chegada de um número acima do considerado normal de imigrantes ao Acre.

Patriota destacou ter enviado uma equipe de diplomatas para Brasileia, no Acre, para verificar a situação dos imigrantes, as demandas e a possibilidade de ampliar as atividades do Consulado do Brasil em Cobija, na Bolívia, para a emissão temporária de vistos especiais.

Segundo o diretor do Departamento de Imigração do Itamaraty, o diplomata Rodrigo Amaral, as principais reivindicações dos haitianos são regularização de documentos, protocolo da documentação de refúgio e oportunidades de emprego. Ele visitou um abrigo em Brasileia no qual estão cerca de 900 haitianos - homens e mulheres de várias idades e crianças.

Patriota lembrou ainda que há um esforço conjunto, envolvendo vários ministérios e órgãos do governo, na busca por saídas para tentar reduzir as dificuldades no Acre e nas fronteiras do Brasil com a Bolívia e o Peru. Na segunda-feira, o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo dos Santos, reuniu-se com embaixadores do Haiti, da Bolívia, do Equador e do Peru. A preocupação, segundo Patriota, é com a vulnerabilidade dos imigrantes, que vivem sob ameaças e assédio dos chamados coiotes.

Na semana passada, autoridades acreanas apelaram ao Itamaraty para negociar um acordo com os vizinhos sobre o ingresso de haitianos na região. Para as autoridades do Acre, o livre acesso a algumas fronteiras incentiva a ausência de controle no que se refere à chegada de haitianos ao Brasil, principalmente no Acre, nas cidades de Brasileia e Epitaciolândia.

Agência Brasil Agência Brasil
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