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Paralisação tem efeito dominó, e inda há atrasos em voos

3 fev 2016 - 12h32
(atualizado às 12h34)
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A greve inclui os aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado.
A greve inclui os aeroviários, cujas atividades incluem check-in e despacho de bagagens, e os aeronautas, cuja categoria abrange pilotos e comissários de bordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 11%, para reposição da inflação no ano passado.
Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press

A paralisação dos aeronautas e aeroviários na manhã desta quarta-feira (3) provocou atrasos e cancelamentos de voos nos principais aeroportos do País. Segundo dados da Infraero, dos 798 voos previstos entre a meia-noite e às 11h, 306 atrasaram e 138 foram cancelados.

A mobilização nacional começou às 6h e terminou por volta das 8h e incluiu aeroviários (agente de check-in, auxiliar de serviços gerais, mecânicos de aeronaves, agente de bagagem e operador de equipamentos) e aeronautas (pilotos, copilotos, comissários, mecânicos e engenheiros de voo).

Os aeroviários e aeronautas rejeitaram a proposta das empresas aéreas, que previa reajuste parcelado com a reposição da inflação e não retroativo à data-base (1º de dezembro). Os trabalhadores reivindicam reajuste de 11% nos salários e benefícios, retroativo à data-base, para recompor as perdas inflacionárias nos salários.

Em nota, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) lamentou a greve: “O setor reconhece e respeita o direito de manifestação, mas lamenta o caminho escolhido em prejuízo dos passageiros. Em qualquer circunstância, as companhias aéreas estarão mobilizadas em prestar assistência aos clientes e a fazer todo o possível para minimizar os eventuais transtornos”.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que os impactos do movimento grevista estão sendo monitorados em todos os aeroportos.

As companhias TAM, GOL e Avianca informaram que farão a remarcação das viagens sem multas aos passageiros. A orientação da Abear é que os passageiros quem têm voo para hoje entrem em contato com a empresa aérea para fazer a remarcação e quem vai para o aeroporto dê preferência aos canais eletrônicos e totens de check-in.

Atrasos e cancelamentos

No Aeroporto de Brasília, 39 dos 100 voos previstos para partirem até as 12h saíram com atrasos superiores a 30 minutos; 21 foram cancelados. Para o dia todo são esperados 538 pousos e decolagens. Segundo a Inframérica, que administra o terminal, o fluxo médio diário é de aproximadamente 54 mil passageiros. Na área de embarque do aeroporto a movimentação era intensa durante a manhã, mas sem tumultos.

No Rio de Janeiro, no Aeroporto Santos Dumont, 10 voos foram cancelados e cinco partiram com atrasos. Os voos devem estar normalizados a partir das 12h. A movimentação no saguão foi normal e a paralisação dos aeronautas e aeroviários aconteceu das 6h às 10h. Já no Aeroporto Internacional Tom Jobim, a paralisação provocou cancelamento de um voo e atrasos de oito. A concessionária Rio Galeão informou que a situação deve se normalizar ao longo do dia.

Nos três aeroportos paulistas afetados pela paralisação, 43 voos foram cancelados durante duas horas de paralisação. O aeroporto de Congonhas registrou o maior número de cancelamentos e atrasos. Segundo a Infraero, das 57 decolagens previstas entre 6h e 9h, 27 foram canceladas e 17 registraram atraso. A GRU-Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, informou que dos 137 voos programados até as 9h, três foram cancelados e 30 atrasaram. No aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, entre 6h e 8h30, 13 voos foram cancelados e 33 atrasaram.

Por causa do horário de verão em Fortaleza, a paralisação dos aeroviários e aeronautas aconteceu mais cedo, entre 5h e 7h. O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Ariston Carneiro Fernandes, avalia que o movimento foi positivo devido ao impacto nas atividades do Aeroporto Internacional Pinto Martins. “Reunimos cerca de 200 pessoas, entre aeroviários e aeronautas. Deu para dar prejuízo para as empresas. Este é o nosso alerta: se não negociarem, não vamos parar por horas, mas por dias.” De acordo com o diretor, durante a paralisação, oito voos foram cancelados e seis atrasaram.

Segundo a Infraero, não houve cancelamentos em Fortaleza. Oito partidas e 3 chegadas atrasaram, em decorrência do movimento em outros aeroportos brasileiros. A empresa informa ainda que a paralisação não afetou serviços relacionados à infraestrutura do aeroporto, como segurança e manutenção. A previsão é de que os horários dos voos se regularizem entre 10h30 e 10h40 de hoje (horário local).

Agência Brasil Agência Brasil
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