Delegacia especializada vai investigar ataque após Parada Gay
O caso do explosivo jogado em direção a pessoas que retornavam da Parada Gay, no último domingo, em São Paulo, será investigado pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, informou nesta sexta-feira a Secretaria de Segurança Pública (SSP). O fato ocorreu na esquina da rua Vitória com a avenida Vieira de Carvalho, no Largo do Arouche, no centro da capital paulista.
Cerca de 20 pessoas foram atingidas pelos estilhaços do artefato, nove delas levadas para a Santa Casa de Misericórdia com ferimentos. No total, pelo menos 57 pessoas ficaram feridas durante a Parada, vítimas de agressões. Um homem de 35 anos, que foi espancado, morreu na última quarta-feira.
Para o presidente da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis e Transexuais, Alexandre Santos, a decisão da Polícia Civil de transferir as investigações para a delegacia especializada deve ser comemorada.
"Isso nos dá mais segurança, porque não vai ser tratado como um assunto comum, se fosse o contrário, seria muito frustrante", afirmou.
Segundo Alexandre, testemunhas viram o artefato ser jogado de um prédio residencial, localizado no Largo do Arouche. "As pessoas que estavam lá apontaram o prédio, mas não se sabe qual apartamento", disse.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a Polícia Civil ainda não identificou o prédio de onde teria partido o explosivo.
