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Parada Gay atribui crescimento à mobilização política

12 jun 2009 - 15h36
(atualizado às 20h42)
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Hermano Freitas

Direto de São Paulo

Presidente da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Travestis e Transexuais (GLBT), Alexandre Santos, 36 anos, o Xandi, vê na mobilização política o fator mais significativo para o vertiginoso crescimento de público do evento. Segundo ele, a passeata em favor dos direitos homossexuais dá mais sentido ao acontecimento que a festa. "A manifestação foi tomando corpo e forma e cresceu muito com o engajamento", diz.

Parada foi de 2 mil participantes em 1997 para 3,5 milhões em 2007
Parada foi de 2 mil participantes em 1997 para 3,5 milhões em 2007
Foto: Marcos Bacon / Futura Press

A parada saltou de 2 mil participantes em 1997 para 3,5 milhões em 2007, quando houve o recorde de público. No ano passado, a parada atraiu 3,4 milhões de pessoas para a avenida Paulista. O Mês do Orgulho Gay entrou para o calendário dos grandes eventos turísticos da cidade e só perde para a Fórmula 1 em geração de receita.

"Por mais que a gente dance, cante e brinque, o mais importante é ser reconhecido como cidadão com os mesmos direitos que qualquer um", diz Xandi.

Neste ano, o lado político da Parada é reforçado por uma homenagem aos protestos de Stone Wall - considerada a primeira grande onda de manifestações pró-direitos homossexuais, em junho de 1969 em Nova York, e aos 30 anos do movimento gay no Brasil.

A grande bandeira deste ano é a aprovação do Projeto de Lei Ordinária (PLC) 122/06, que criminaliza a homofobia em âmbito nacional e está aguardando votação no Senado. A associação promove um abaixo-assinado eletrônico pela aprovação do PLC.

Bebida

Para combater o alcoolismo, que é considerado um dos maiores problemas da Parada Gay, a associação aposta na fiscalização policial contra bebidas de origem duvidosa. No ano passado, a equipe médica atendeu 500 casos de intoxicação severa por álcool. "Falamos sempre, se quiserem estar com a gente do início até o final da parada, não tomem vinho barato nem cachaça de metro", diz Xandi.

A Polícia Militar terá sete contêineres para acondicionar bebidas irregulares apreendidas de vendedores ambulantes.

Fonte: Redação Terra
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