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Papa Francisco viaja tranquilo para o Rio, apesar dos protestos no Brasil

17 jul 2013 - 12h13
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O papa viaja para o Rio de Janeiro entre os dias 22 e 29 de julho por ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ), uma visita que ocorre em plena onda de protestos populares que mexem com o Brasil, mas que não vão influenciar a viagem, que Francisco fará com "serenidade e confiança", informou nesta quarta-feira o Vaticano.

"Temos total confiança na capacidade das autoridades brasileiras para lidarem com essa situação. O papa viaja com total serenidade", afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, que apresentou a primeira viagem internacional do papa Francisco.

Lombardi acrescentou que tanto o papa como o Vaticano sabem dos protestos das últimas semanas nas principais cidades do Brasil: "Sabemos que não têm nada de específico contra o papa ou a Igreja".

Com essa serenidade, Francisco partirá de Roma no começo da manhã do dia 22 de julho para chegar durante a tarde no Rio de Janeiro, onde será recebido pela presidente Dilma Rousseff que, segundo Lombardi, convidou os chefes de Estado latino-americanos a acompanharem o papa em algum momento de sua estadia na cidade carioca.

Fontes políticas disseram à Agência Efe que entre os chefes de Estado convidados que já confirmaram presença estão os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Chile, Sebastián Piñera, e do Panamá, Ricardo Martinelli.

Durante sua estadia no Rio de Janeiro, o papa não usará o tradicional papamóvel blindado, mas o jipe usado todas as quarta-feiras para a tradicional audiência pública na Praça de São Pedro. O Vaticano enviou à cidade brasileira dois "jipes", um branco e outro verde, de reserva.

Nas viagens papais, o pontífice se hospeda na Nunciatura (embaixada vaticana), mas nesta ocasião, se hospedará na Residência do Sumaré, na Floresta da Tijuca, onde João Paulo II ficou em duas ocasiões, pois a Nunciatura fica em Brasília.

Francisco é o terceiro papa que visita o Brasil. João Paulo II esteve no país em quatro ocasiões e Bento XVI em uma.

Após descansar no segundo dia de estadia, na quarta-feira 24 de julho, Francisco, de 76 anos, irá ao santuário de Nossa Senhora Aparecida, para reverenciar a padroeira do Brasil.

Após oficiar uma missa na basílica do santuário, retornará ao Rio de Janeiro, onde visitará o hospital São Francisco de Assis da Providência, uma entidade filantrópica cristã sem fins lucrativos dedicada a acolher, cuidar e servir aos mais necessitados.

Na quinta-feira dia 25 o papa receberá a chave da cidade do Rio de Janeiro na Prefeitura e abençoará a bandeira olímpica, pois a cidade será a próxima sede dos Jogos.

Depois visitará a comunidade de Varginha, no complexo de favelas de Manguinhos, um lugar que era controlado por organizações criminosas do narcotráfico até o final do ano passado.

Lá vivem cerca de duas mil pessoas e o papa deve caminhar pela comunidade, entrar em uma casa para cumprimentar seus moradores e depois se reunirá com os moradores em um campo de futebol.

Francisco não é o primeiro papa que visita uma favela, pois João Paulo II visitou o Vidigal durante sua primeira viagem ao Rio em 1980.

Na tarde da quinta-feira, os cerca de dois milhões de jovens de todo o mundo esperados para a XXVIII Jornada Mundial da Juventude darão as boas-vindas oficiais ao papa na praia de Copacabana.

No dia seguinte, Francisco irá ao parque da Quinta da Boa Vista, onde, como um padre, ouvirá a confissão de cinco jovens.

No parque foram instalados mil confessionários para que sacerdotes de diferentes países possam ouvir as confissões dos jovens.

Depois o papa vai almoçar com 12 jovens, dois de cada continente, mais outros dois brasileiros.

Durante a tarde, presidirá a tradicional Via-Sacra da JMJ. Os textos das 14 estações farão referência as missões, a conversão, as mães jovens, a defesa da vida, a vida dos casais, as mulheres que sofrem, aos estudantes, as prisões e as doenças.

No sábado dia 27, presidirá a tradicional Vigília, considerada o momento mais emotivo e sugestivo da JMJ, no Campus Fidei, em Guaratiba, a 40 quilômetros do Rio, onde no dia seguinte oficiará a missa com a qual concluirá o encontro e anunciará a cidade que receberá o próximo.

Antes de retornar a Roma, Francisco se reunirá com o comitê de coordenação do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), que reúne os bispos da América Latina e do Caribe.

EFE   
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