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Papa Francisco no Brasil

DJ aquece multidão à espera de missa em Copacabana

23 jul 2013 - 15h56
(atualizado às 19h54)
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<p>Fiéis esperam pela missa na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro</p>
Fiéis esperam pela missa na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

Nem a temperatura baixa para os padrões cariocas (20°C) e a chuva foram capazes de afastar os peregrinos da missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude. Uma multidão razoável foi à praia de Copacabana à espera da missa que será celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, por volta das 19h30. São esperadas 500 mil pessoas no evento inicial da JMJ.

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Capas e guarda-chuvas foram acessórios indispensáveis na espera pelo início da missa. Desde as 15h, um DJ põe músicas para tentar manter os peregrinos motivados - apenas canções com temas católicos. Mas os ritmos são variados e parecidos com os temas escutados em várias festas do País - desde techno até uma batida funk bem mais comportada do que as dos bailes cariocas, sem esquecer do reggaeton, característico dos subúrbios dos países latino-americanos.

O fenômeno de misturar ritmos seculares com letras de temática cristã é uma das maneiras da Igreja Católica para atrair a atenção dos jovens. “Isso é bem atual. No século 21, o eletrônico é o ritmo que mais une as pessoas de todo o mundo”, avalia a estudante Karen Freitas, 17 anos. Ela diz que não vai a baladas tradicionais, mas não é a primeira vez que dança ao som do eletrônico católico.

“A música da Igreja tem de seguir as gerações”, pontua Christina Peter, da Malásia. Ela afirma nunca ter ouvido nada parecido, mas diz ser otimista com a nova estratégia. “Acho um recurso positivo.”

O frei Vaniclei Oliveira afirma que “o importante é lançar a semente”, referindo-se às mensagens cristãs, mesmo que misturadas a ritmos dançantes. “Temos de usar a música para chamar os jovens, seja qual for o ritmo.”

Do palco onde será celebrada a missa, o DJ entoa gritos que já vêm sendo repetidos desde a segunda-feira, quando o papa Francisco chegou ao Rio de Janeiro. O preferido da multidão: "esa és la juventud del Papa!". O coro foi puxado por argentinos durante o desfile de Francisco pelo centro da cidade, e mesmo em espanhol virou o "grito oficial" dos peregrinos.

Os apresentadores da cerimônia de abertura chamaram um vídeo com parte do discurso feito pelo Papa Francisco na sua chegada ao Brasil. Ele foi muito aplaudido, mais do que qualquer uma das atracões do show de aquecimento da abertura.

Outro que foi muito aplaudido quando teve o nome mencionado pelos apresentadores foi o falecido Papa João Paulo II. Já o papa emérito Bento XVI não foi aplaudido quando teve o nome citado.

Os apresentadores informam aos peregrinos estrangeiros que, se eles têm um rádio, podem acompanhar toda a cerimônia de abertura da JMJ na sua língua. A cerimônia é falada basicamente em português. Inclusive os apresentadores mostraram uma espécie de jingle para os peregrinos cantarem na língua do ppís: "Papa Francisco, juntos em Cristo".

"É muito importante estar aqui. É uma pena que está chovendo, mas não importa. O fundamental é que a gente possa demonstrar a nossa fé, a fé da juventude católica", afirmou o peregrino Peterson Henrique Duarte, 26 anos, que saiu de Londrina (PR) para participar do evento no Rio.

Até o início da cerimônia de abertura, às 18h30, apresentam-se grupos musicais de vários países, como Brasil, Argentina, República Dominicana e até da Índia. Nesse horário, chegarão a Copacabana a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude.  

Papa Francisco no Brasil
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos com o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países. O JMJ 2013 marca também a primeira grande visita internacional do papa Francisco desde sua nomeação como líder máximo da Igreja Católica, em 13 de março deste ano.

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Fonte: Terra
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