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Pai de Sean é convidado para passar Natal com o menino

18 dez 2009 - 19h11
(atualizado às 20h39)
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O advogado Sérgio Tostes, que representa a família brasileira de Sean Goldman, 9 anos, afirmou nesta sexta-feira que enviou uma carta para o pai no menino, o americano David Goldman, passar o Natal junto do filho. Mais cedo, David havia dito em entrevista coletiva que estava "implorando de joelhos" para ficar com Sean e tinha esperança de passar as festas natalinas com ele.

O pai do menino chegou ao Brasil ontem para levá-lo de volta para os EUA
O pai do menino chegou ao Brasil ontem para levá-lo de volta para os EUA
Foto: AP

Sean está sob a guarda do padrasto desde a morte de sua mãe, a brasileira Bruna Bianchi Carneiro. O americano chegou ontem ao País para tentar levar o filho para os Estados Unidos, já que uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) havia determinado o retorno da guarda de Sean para seu pai no prazo de 48 horas. No entanto, no mesmo dia da chegada de David ao Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar para que o menino permaneça no Brasil, com a família de sua avó materna, até que seja ouvido pela Justiça.

O ministro Marco Aurélio Melo concedeu um habeas corpus preventivo para impedir que o menino saia do País até que expresse sua vontade perante um juiz de primeiro grau. A família brasileira alega que ele quer permanecer no País.

Ao lado da avó materna de Sean, Silvana Bianchi, o advogado Sérgio Tostes disse que a decisão de convidar David para o Natal foi tomada após uma conversa com a família brasileira do menino.

Entenda

O pai de Sean, David Goldman, luta para ter a guarda do filho desde a morte de sua ex-companheira, a brasileira Bruna Bianchi Carneiro. A briga pela guarda começou em 2004, quando Bruna deixou Goldman para uma suposta viagem de férias de duas semanas com o filho ao Brasil. Eles viviam na cidade de Titon Falls, Estado de New Jersey (EUA). Ao desembarcar no País, contudo, Bruna telefonou ao marido avisando que o casamento estava acabado e que não voltaria aos Estados Unidos.

A partir disso, foi travada uma batalha judicial pela guarda do garoto, na época com 4 anos. No Brasil, a Justiça reconheceu o divórcio pedido por Bruna sem a concordância de Goldman. Diante das leis americanas, contudo, eles permaneciam casados. Livre do compromisso com Goldman, Bruna se casou novamente com o advogado João Paulo Lins e Silva, mas no parto do segundo filho ela morreu.

Diante da ausência da mulher, David Goldman veio ao Brasil na tentativa de levar o filho de volta aos Estados Unidos. Desde então, ele briga pela guarda do garoto nos tribunais brasileiros, contra o padrasto de Sean e seus avós maternos.

Fonte: Terra
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