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Operação-padrão da PF provoca filas no aeroporto de Guarulhos

9 ago 2012 - 20h06
(atualizado às 21h26)
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Os passageiros de voos internacionais enfrentam filas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, em função da operação-padrão dos policiais federais que começou na tarde desta quinta-feira. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Federal de São Paulo, Alexandre Santana Sally, as filas ocorrem na área de embarque, especialmente no terminal 2.

Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Manifestantes se concentraram na frente da Igreja da Candelária, no Centro do Rio de Janeiro, para reivindicar melhores condições de trabalho
Foto: Luiz Roberto Lima / Futura Press

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) confirmou que o movimento está causando problemas no embarque de passageiros. Até as 19h, o aeroporto registrava um índice de 19,7% de atrasos nos voos internacionais - 14 das 71 partidas saíram fora do horário previsto.

De acordo com Sally, a operação-padrão é uma forma de demonstrar a falta de pessoal para atividades como de fiscalização de bagagem, vistoria de porões de aviões e segurança do aeroporto. "Nós não temos estrutura para atender a grandes demandas, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", disse. A categoria entrou em greve na última terça-feira e reivindica melhoria nas condições de trabalho e reajuste salarial.

A operação também ocorre no porto de Santos, mas, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento ainda não repercutiu nas atividades portuárias. Na manhã de hoje, haviam 74 navios fundeados (que aguardam para entrar no porto) e 36 navios atracados, o que é considerado uma situação normal.

O movimento grevista

Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.

Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.

No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

Agência Brasil Agência Brasil
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