Obras de envolvidos na Lava Jato são expostas em Museu no PR
Das 250 peças apreendidas pela polícia, 48 estão em exposição no Museu Oscar Niemeyer
Os brasileiros podem conferir no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, um total de 48 obras de arte dos mais renomados artistas modernos apreendidas nas propriedades de investigados na Operação Lava Jato, por apenas R$ 9.
Pelo menos cinco réus tiveram as obras confiscadas durante a operação que apura o esquema de corrupção da Petrobras. A polícia acredita que as obras foram compradas com fundos roubados da estatal. Alguns dos envolvidos tinham olhar clínico para arte, dizem as autoridades. Entre as obras confiscadas está uma litografia do espanhol surrealista Joan Miró, além de peças de grandes artistas como Vik Muniz, Tarsila do Amaral e José Bechara. A exposição 'Obras sob guarda do MON', aberta em abril despertou tanta atenção do público que será adiada até 1º de novembro.
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Segundo as autoridades, enquanto alguns dos envolvidos no esquema preferiam comprar joias e carros de luxo, outras investiam o dinheiro arrecadado de forma ilícita em obras de arte. A polícia federal apreendeu cerca de 250 peças durante as investigações realizadas até o momento.
O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque e a doleira Nelma Kodama são alguns dos proprietários das obras. Kodama admitiu à polícia que aceitou pagamentos em obras de arte.
Duque teve cerca de 130 obras recolhidas de seu apartamento no Rio de kaneiro. Ele mantinha joias e outros objetos de valor em um quarto secreto conectado ao seu quarto, mas sua casa era praticamente uma galeria de arte, com peças de artistas como Heitor dos Prazeres, espalhadas por todas as paredes. Nenhuma de suas obras fazem parte da atual exposição porque elas ainda estavam sendo examinadas à época da abertura da mostra. O advogado de Renato Duque, Alexandre Lopes, alega que as obras de seu cliente foram compradas com recursos obtidos legalmente.
O delegado Igor Romário de Paula explicou que a polícia não tinha um lugar apropriado para guardar os trabalhos, e o Museu Oscar Niemeyer resolveu ajudar. Caso os suspeitos sejam considerados culpados, as obras poderão ser leiloadas ou até mesmo doadas ao Museu.