PUBLICIDADE

Política

Barack Obama deixa o Brasil e segue para o Chile

21 mar 2011 - 09h04
(atualizado às 10h04)
Compartilhar
Luis Bulcão Pinheiro
Direto do Rio de Janeiro

Após 49 horas e 43 minutos em território brasileiro o Air Force One levantou voo às 9h14 dessa segunda-feira (21), da base aérea do Galeão, no Rio, levando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a primeira-dama, Michelle Obama, e as duas filhas do casal. Durante sua visita ao Brasil, Obama discutiu relações políticas e comerciais com Dilma, visitou o Cristo Redentor e a Cidade de Deus no Rio e discursou ao povo brasileiro no Theatro Municipal.

De acordo com o governador do Rio, Sérgio Cabral, a noite de domingo marcou a família Obama. "Eles ficaram muito emocionados com o Cristo", disse o governador. Segundo Cabral, Obama disse que por 15 minutos as nuvens da noite de ontem se afastaram e a família pôde observar a vista do Rio de Janeiro. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o que marcou Obama foi o carinho das pessoas que acenavam nas ruas enquanto a comitiva presidencial passava.

Durante sua visita, Obama fez muitos elogios. Disse que a democracia brasileira é modelo para os países árabes. Afirmou que o crescimento econômico e as melhorias sociais do Brasil mostram que o futuro já chegou. Disse que o País, junto com os Estados Unidos, é líder em seu hemisfério. Mas também deixou claro o que os Estados Unidos querem: estão de olho nos investimentos estruturais para a Copa e as Olimpíadas, querem maior parceria comercial e querem ser "clientes de fontes de energia".

Do outro lado, em um comunicado à imprensa, realizado no sábado em Brasília, a presidente Dilma Rousseff afirmou que espera o fim das barreiras protecionistas americanas, pleiteou apoio para um assento permanente brasileiro no Conselho de Segurança da Onu e pediu maior celeridade nas reformas de instituições como Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial.

Obama decolou sem atender publicamente a nenhum desses pedidos. Com a visita, os especialistas esperavam um recomeço nas relações afetadas por rusgas políticas como o apoio brasileiro para um acordo com o Irã, desentendimentos durante a crise de Honduras e a conturbada relação comercial, da qual o Brasil reclama em órgãos internacionais de protecionismo americano. Com todo o afago político e lembrança pública de valores e ideais compartilhados, Obama tentou uma guinada rumo ao bilateralismo. Mas é preciso esperar os próximos movimentos no tabuleiro internacional para saber se a visita do 44º presidente americano ao Brasil não passou de mera retórica.

Aparato presidencial

O Air Force One, um boing 747-200 ultramodificado, com sistema de reabastecimento no ar, é seguido por outras sete aeronaves. Um outro Boing 757 é usado como backup. Se algo de errado acontecer com o Air Force One, ele tem capacidade para transportar todos os integrantes do avião presidencial. Além do jato Golf Stream, do serviço secreto, outros cinco aviões de carga Boing C-17 Globmaster são usados para transportar as dezenas de veículos, entre eles o Cadilacs de Obama, e os cinco helicópteros da marinha, sendo três deles Chinook e dois Sea King. Quando o presidente está a bordo de um Sea King, a aeronave é denominada Marine 1 e o esquadrão da marinha responsável pelo transporte é chamado de Nighthawks (Falcões da Noite, em tradução livre). Todos os colossais helicópteros de duas hélices, são adaptáveis para caber dentro dos aviões de carga.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade