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Política

Rio: PM impede avanço de manifestação contra visita de Obama

20 mar 2011 - 13h57
(atualizado às 15h08)
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Rodrigo Teixeira
Direto do Rio de Janeiro

O Batalhão da Cavalaria da Polícia Militar está posicionado na região do centro da cidade do Rio de Janeiro para impedir o avanço de manifestantes em local que antecede a esquina do Theatro Municipal, onde o presidente americano Barack Obama fará o discurso na tarde desde domingo. O grupo, de aproximadamente 500 pessoas, se aproximava às 13h40 no sentido da rua do Passeio com a Senador Dantas. A passeata é organizada pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU-RJ).

O comandante do batalhão de choque da PM, Valdir Soares Pires, propôs uma negociação com líderes do protesto. Foi sugerido que cinco pessoas fossem eleitas para articular um acordo, e assim, todos poderiam exercer seu direito de ir e vir.

Por volta das 14h30, os manifestantes recuaram e desistiram de avançar. Segundo advogado Modesto da Silveira, que auxilia o grupo juridicamente, as centrais sindicais optaram por não avançar, pois se seguissem um conforto seria inevitável. "Fomos surpreendidos pela arrogância da cavalaria do governo do Estado. Não necessitava de uma tropa de choque, pois a nossa manifestação é pacifica", afirmou.

Mariana Silva, estudante de ciências sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), estava decepcionada. "Me sinto amordaçada. Por isso estou com esse nariz de palhaço. Esse é o papel do brasileiro que luta por seus direitos. Isso é comprovação da submissão do Brasil aos desmandos dos Estados Unidos".

O grupo saiu esta manhã da estação Glória do metrô em passeata até a região do teatro. Eles são contra a visita de Obama e queriam ficar em frente ao prédio onde ocorrerá o discurso, local onde os curiosos estão. A polícia está fortemente armada e impedia a passagem. Os integrantes citaram o artigo da constituição que permite o livre arbítrio.

Ato pede libertação de militantes presos em manifestação contra Obama

O presidente do PSTU-RJ, Cyro Garcia, disse que o movimento visa também a exigir a libertação imediata de 13 pessoas detidas na última sexta-feira à noite, no centro da cidade, durante manifestações contra Obama que resultaram em um vigilante ferido por bomba incendiária lançada contra o Consulado dos Estados Unidos.

Cyro Garcia afirmou que foi montada uma equipe de segurança para evitar a infiltração de pessoas estranhas na passeata, como, segundo ele, ocorreu na sexta-feira.

O pedido de revogação da prisão dos manifestantes foi negado pela Justiça. O departamento jurídico do PSTU-RJ vai entrar ainda neste domingo com pedido de habeas corpus para relaxamento da prisão.

Com informações da Agência Brasil.

Integrante do protesto contra Obama usa camisa com a frase: "É muita guerra para quem diz promover a paz"
Integrante do protesto contra Obama usa camisa com a frase: "É muita guerra para quem diz promover a paz"
Foto: Fernando Borges / Terra
Fonte: Especial para Terra
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