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Número de mortos em incêndio em Santa Maria chega a 180 e deve aumentar

27 jan 2013 - 11h07
(atualizado às 11h19)
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O número de vítimas fatais no incêndio ocorrido na madrugada deste domingo em uma discoteca na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, já subiu para aproximadamente 180 pessoas e pode ser ainda maior, segundo os bombeiros e a polícia.

Segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio Grande do Sul, major Cléberson Bastianello, até agora foram transferidos 180 corpos ao Centro Desportivo Municipal, onde serão realizadas as tarefas de identificação.

"Neste momento temos aqui 180 corpos, mas infelizmente esse número vai aumentar. Algumas pessoas foram levadas aos hospitais já mortas", afirmou o oficial.

Bastianello admitiu que as tarefas de remoção nos escombros da discoteca Kiss ainda não terminaram, por isso mais corpos ainda podem ser encontrados no local.

O número de feridos ainda não foi oficialmente estabelecido, mas algumas fontes oficiais citavam inicialmente cerca de 200.

Além dos centros médicos de Santa Maria, cidade localizada a 286 quilômetros do Porto Alegre, os feridos foram transferidos para hospitais de municípios vizinhos.

"Mobilizamos todo o estado. Pusemos à disposição hospitais de diversas cidades, incluindo Canoas, Santo Ângelo e Santa Cruz. Todos estão colaborando para oferecer o melhor atendimento possível", afirmou o secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, Ciro Simoni.

O incêndio ocorreu no momento em que estava sendo realizada uma festa estudantil na boate, com alunos de vários cursos da Universidade Federal de Santa Maria.

De acordo com algumas testemunhas, o fogo começou por volta das 2h30, quando o cantor da banda que se apresentava realizou uma espécie de espetáculo pirotécnico e as faíscas atingiram a espuma utilizada como isolante acústico no teto do estabelecimento.

As chamas provocaram pânico entre as mais de mil pessoas que estavam na discoteca, que correram para as portas de saída, onde alguns presentes morreram pisoteados. A dificuldade na evacuação causou várias mortes por asfixia.

Segundo o delegado da 3ª DO de Santa Maria, Sandro Meinerz, a maioria das pessoas morreu por inalação de fumaça ao não conseguir sair a tempo do lugar.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, lamentou a tragédia em mensagem postada no Twitter e anunciou que visitará hoje a cidade.

EFE   
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