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Número de divórcios no Brasil bate recorde com crescimento de 45,6% em 2011

17 dez 2012 - 13h37
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O Brasil registrou em 2011 um recorde de 351.153 divórcios, um número 45,6% superior ao registrado em 2010 (243.224) e o maior desde que o dado começou a ser medido em 1984, segundo informações do Registro Civil divulgadas nesta segunda-feira pelo governo.

A taxa de divórcios em 2011, de 2,6 por cada mil habitantes com mais de 15 anos, também superou a de 2010 (1,8 por mil) e foi a maior desde 1984, quando era de só 0,5 por cada mil, segundo as estatísticas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O órgão atribuiu o forte aumento do número de casamentos que terminaram legalmente a uma nova legislação de 2010 que reduziu os prazos para a concessão do divórcio, permitido pelas leis brasileiras desde 1977.

"Com as novas regras, uma pessoa que se casou na semana passada pode se divorciar hoje. Isso era impossível antes", explicou Claudio Crespo, economista do IBGE e coordenador do estudo, ao se referir à redução dos prazos que era de um ano de casado para pedir a separação e de dois anos para pedir o divórcio.

Segundo os dados do Registro Civil, as maiores taxas de divórcio em 2011 foram registradas na faixa de idade de entre 30 e 53 anos.

A taxa alcançou um máximo de 7,3 por cada mil entre as mulheres de entre 30 e 34 anos e do 7,9 por cada mil entre os homens de 35 e 39 anos e entre 45 e 49 anos.

A idade média de divorciou desceu dos 43 anos em 2006 até 42 anos em 2011 para os homens e de 40 a 39 anos entre as mulheres.

Dos casais divorciados em 2011, 37,2% não tinham filhos, 19,7% tinham filhos maiores de idade e 37,1% filhos menores de idade.

Dez anos antes, por outro lado, 51,5% dos divórcios eram de casais com filhos mais novos, 26,8% de casais sem filhos e 13,5% de casais com filhos maiores.

O Registro Civil também assinalou que houve um aumento do número de casais que decidem compartilhar a custódia de seus filhos mais novos após o divórcio. A porcentagem de divorciados que compartilhavam a guarda subiu de 2,7% em 2001 até 5,4% em 2011.

No entanto, ainda era majoritária em 2011 (87,6%) a proporção de mães que ficam com a custódia dos filhos mais novos após um divórcio.

Apesar do aumento do número de divórcios, também cresceu o número de casamentos, até 1,03 milhões em 2011, o que representa uma alta de 5 % com relação a 2010.

A taxa de casamentos ficou em 7 por cada mil habitantes com mais de 15 anos em 2011, contra 6,6 por cada mil em 2010.

Também aumentou o número de pessoas que voltam a se casar após um divórcio. A porcentagem dos que casam novamente era de 20,3% em 2011 contra 12,3% em 2001.

EFE   
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