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Polícia

Por segundos, pai e filho escapam de atropelamento em Congonhas

8 dez 2012 - 13h42
(atualizado às 14h17)
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Vagner Magalhães
Direto de São Paulo

Por poucos segundos, o atropelamento de duas mulheres na área de desembarque de passageiros do Aeroporto de Congonhas, na manhã deste sábado, não teve mais duas vítimas. Imagens das câmeras do circuito interno de segurança mostram que as duas estavam na calçada acompanhadas por um homem e uma criança, que entram no saguão do aeroporto pouco antes de acontecer o acidente, que causou uma morte.

A vítima fatal é Clarice da Costa, 56 anos, mãe de Camila Turolla, 27 anos, que está internada em estado grave no Hospital Saboya, no bairro do Jabaquara, zona sul de São Paulo. Os outros dois que as acompanhavam eram o marido de Camila e o filho do casal, de 5 anos. A família é de Piracicaba, no interior paulista, e veio à capital de carona com um amigo para embarcar em uma viagem de turismo a Florianópolis.

O atropelamento ocorreu pouco após as 6h de hoje. O motorista, Wagner Gomes Alvarenga, 23 anos, contou à polícia ter participado de uma festa de fim de ano da empresa na rua Marquês de São Vicente, na zona oeste da capital, onde "bebeu um pouco". Ele saiu de lá com um amigo, mas sentiu que não estava bem para dirigir, e parou para descansar no parque do Ibirapuera. Após o intervalo, pegou a avenida 23 de Maio para o lado oposto, e resolveu fazer o retorno por dentro do aeroporto, onde perdeu o controle do carro e subiu na calçada, causando o acidente.

"Ele vinha dirigindo um Honda Civic, subiu na calçada em uma velocidade incompatível para o local e acabou atingindo mãe e filha", contou Fernanda Herbella, delegada-assistente da delegacia do Aeroporto de Congonhas, onde foi registrado o flagrante. Segundo ela, Clarice chegou a ser socorrida com vida, mas morreu a caminho do hospital. Camila está em estado grave e passava por cirurgia. A delegada disse também que Alvarenga contou ter perdido a consciência pouco antes do acidente, e não se lembrava do momento do impacto.

O exame do bafômetro de Alvarenga mostrou uma concentração de 0,28 miligramas de álcool por litro de ar expelido (mg/l) - índice pouco abaixo do limite para imputar a ele uma sanção criminal (0,3 mg/l), mas que ainda o impedia legalmente de dirigir. Segundo a delegada, além de pagar multa e receber penalidades administrativas, o motorista vai responder por homicídio doloso - quando há intenção de matar - e por tentativa de homicídio.

O advogado de defesa do motorista, Hednilson Fitipaldi, afirmou que vai pedir a liberdade provisória de Alvarenga após o auto em flagrante. "Ele nunca se envolveu em acidente de trânsito, não tem passagem anterior pela polícia e, segundo a família, não possui pontos na carteira", disse ele, que deve entrar com o pedido amanhã.

Fonte: Terra
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