SP testa bloqueadores de celular em 4 presídios em janeiro
- Hermano Freitas
- Direto de São Paulo
O governo do Estado de São Paulo informou por meio de nota que deve testar a partir de janeiro tecnologias de bloqueio de chamadas de celulares em quatro presídios. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), serão adquiridos no começo de 2013 equipamentos que serão instalados ao longo do ano no sistema prisional paulista.
Ainda de acordo com a nota da SAP, as tecnologias para bloqueio de sinal em estudo são a de Simulação de Estação Rádio Base da Operadora e uma solução denominada "Interferência" (jamming, em inglês). O jamming gera ruído para interferir no sinal da rede celular, bloqueando aparelhos que estiverem em uma área escolhida.
Já a tecnologia de Simulação de Estação Rádio Base da Operadora usa uma antena instalada no próprio presídio para atrair as ligações locais, neutralizando as chamadas. A SAP informou ainda que trata com o Ministério da Justiça o teste de uma "solução portátil" oferecida pelo órgão federal. A nota conclui dizendo que cada presídio terá um estudo para encontrar a melhor solução do seu caso.
Sem eficácia
O governo federal informou por meio de nota que não utiliza a tecnologia de bloqueio em suas unidades por não haver "garantia da eficácia dessa tecnologia". Segundo o Ministério da Justiça, as penitenciárias federais têm uma estrutura de segurança, com tecnologia e recursos humanos, que impedem a entrada de aparelhos celulares e diz que nas quatro penitenciárias federais "nunca foi apreendido nenhum aparelho celular".
De acordo com o Ministério da Justiça, o que há é um equipamento que identifica as linhas de celular ativas numa determinada unidade penitenciária - que não se trata de bloqueador. O identificador de linhas ativas pode ser usado em unidades estaduais, caso solicitado.
Na quarta-feira foi divulgado o resultado de uma operação da Polícia Federal que identificou "teleconferências" de até 10 horas por detentos paulistas. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que é difícil bloquear o sinal sem prejudicar quem mora perto de penitenciárias.