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Polícia

'PCC não é lenda, mas não é a única facção', diz Grella

6 dez 2012 - 09h59
(atualizado às 10h11)
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O novo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, ex-procurador-geral de Justiça que assumiu a pasta em 22 de novembro, reconheceu que São Paulo vive, sim, uma crise de segurança. Diferentemente de seu antecessor, Antonio Ferreira Pinto, e até do próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tentou minimizar o papel da facção criminosa na alta da violência, Grella afirmou que o PCC não é uma lenda, mas que existem outras facções. "Não, não é lenda. O PCC existe. Mas Nós não temos, evidentemente, um plano só para o PCC. Não existe só essa facção. Seria um erro ter uma política de segurança que focasse apenas numa sigla ou numa facção. Sabemos que há várias facções, vários grupos, vários tipos de crime organizado que não têm sigla e que são tão nocivos quanto o PCC. Não dá para calcar uma política de segurança fundada apenas no PCC", afirmou ele, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Onda de violência

Desde o início do ano, 100 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 21 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital foram registrados 1.135 casos de homicídios dolosos entre janeiro e outubro, mais do que todo o ano de 2011. O mês de outubro foi o mais violento dos dois últimos anos na cidade, com 176 mortos. Em todo o Estado, foram 4.007 casos registrados desde janeiro.

Grella afirmou ter demorado de "dois a três dias" para aceitar o convite e que, antes de assumir o cargo, temia ser vítima da onda de violência. "Demorei de dois a três dias para responder (...) porque precisava conversar com a família. Não é uma decisão simples. Não assumi em condições normais. Assumi em condições de dificuldade. Reconheço que há dificuldades. Aceitei como um desafio de servir, de colaborar, nesse momento" disse ele. Segundo Grella, "não há nada absurdo" nos atuais índices de criminalidade de São Paulo se comparado com outros Estados ou mesmo com os números do passado. "Mas a sensação de insegurança é enorme em razão da natureza dos crimes ocorridos." Ele não crava o motivo da violência, mas arrisca. "Não temos ainda uma noção final disso, uma conclusão. Muito se explica pela ação da repressão dos últimos tempos da própria polícia."

Onda de violência

Desde o início do ano, 100 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 21 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital foram registrados 1.135 casos de homicídios dolosos entre janeiro e outubro, mais do que todo o ano de 2011. O mês de outubro foi o mais violento dos dois últimos anos na cidade, com 176 mortos. Em todo o Estado, foram 4.007 casos registrados desde janeiro.

Fonte: Terra
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