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Polícia

RJ: cabo que rompeu e causou morte de alpinista vai para perícia

6 dez 2012 - 01h23
(atualizado às 01h26)
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Mônica Garcia
Direto do Rio de janeiro

Um perito da Polícia Civil fez rapel para acessar o local do acidente
Um perito da Polícia Civil fez rapel para acessar o local do acidente
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Depois de quatro horas de perícia no alto do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, o delegado-assistente da 10ª DP, João Ismar, afirmou que o cabo que se rompeu no domingo e matou o geofísico Bruno Mendes da Silva foi recolhido pelo instrutor da Academia de Polícia, Felipe Leal, que chegou ao local de rapel. A trilha de escalada conhecida como via Cepi foi interditada. Ismar ainda fez um apelo pedindo que os praticantes do esporte não façam escaladas no Pão de Açúcar, até a conclusão da perícia.

"Apesar das dificuldades do local conseguimos fazer a perícia e arrecadar o cabo para periciarmos o estado dele. Também interditamos o local até que o laudo pericial saia e explique se esses cabos são aptos para a prática de alpinismo/montanhismo. Só assim mais vidas não serão perdidas. Por isso peço que até que o laudo seja concluído as pessoas não façam escaladas lá", esclareceu o delegado-assistente.

Segundo Ismar o cabo não apresenta sinas de corrosão, apenas o rompimento é visível. O laudo pericial levará de 10 a 15 dias para ficar pronto. Também está sendo investigada de quem era a responsabilidade pela manutenção dos cabos. Para o delegado, um acidente não tem apenas uma causa, mas uma sucessão de eventos que levam ao fato.

"Um acidente não tem somente uma única causa. E estamos pesquisando todas essas causas. Não podemos falar que o acidente foi causado pelo rompimento. Uma das causas foi essa. Mas como qualquer acidente há uma série de eventos que levam efetivamente a provocar o acidente. Não posso falar agora que essa foi à única e exclusiva causa determinante do acidente, mas realmente foi a que mais contribuiu para isso", disse Ismar.

Para o instrutor da Academia de Polícia, Felipe Leal, o resultado da perícia conseguirá esclarecer o que realmente aconteceu.

Bruno escalava o paredão acompanhado de uma mulher identificada como, Andreia Pereira, que sofreu escoriações leves e foi encaminhada ao hospital Miguel Couto, na Gávea, onde foi liberada no mesmo dia. Segundo Ismar, o depoimento de Andreia será importante para esclarecer o que ela fazia com Bruno no momento da queda

"Precisamos ouvir a pessoa que estava com a vítima, mas ela está em estado de choque e não conseguimos falar com ela ainda sobre o acidente. Nós temos uma ideia do que ele estava fazendo com ela, mas queremos confirmar isso com ela. Por que senão seria especulação", adiantou o delegado.

Fonte: Especial para Terra
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