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Política

No Senado, Adams enfrenta protestos de servidores da AGU

5 dez 2012 - 16h31
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

Antes mesmo de começar a falar, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, enfrentou protestos de servidores da Advocacia Geral da União (AGU) no início da audiência pública conjunta de três comissões do Senado, unidas para esclarecer as providências tomadas pelo órgão em relação à operação Porto Seguro da Polícia Federal (PF).

Os cerca de 20 advogados públicos, usaram apitos, narizes de palhaço e gritavam "fora Adams" ao fundo da sala da comissão. Imediatamente, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eunício Oliveira (PMDB-CE), interrompeu o protesto. "Não são permitidas manifestações neste plenário. Caso os senhores continuem, serei obrigado a chamar a segurança da Casa para que os retirem", disse.

Os manifestantes pedem a instituição de concurso público para a definição da cúpula da AGU, alegando que a medida evita episódios de corrupção, como o revelado há 10 dias pela operação Porto Seguro, que investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. O segundo na linha sucessória da AGU, José Weber de Holanda, é um dos indiciados pela PF por participar do esquema.

Operação Porto Seguro

Na operação Porto Seguro, a PF prendeu seis pessoas - entre elas a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha -, todos suspeitos de envolvimento numa organização criminosa infiltrada no governo para obtenção de pareceres técnicos fraudulentos. A presidente Dilma Rousseff determinou o afastamento e exoneração de todos os envolvidos, além da abertura de investigação nos órgãos citados na operação.

A denúncia foi feita à PF por um ex-funcionário do Tribunal de Contas da União (TCU), que teria sido procurado pelos integrantes do esquema para emitir laudos favoráveis a uma empresa em troca de dinheiro. Entre os investigados pela PF, há também servidores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), do próprio TCU e do Ministério da Educação (MEC). As investigações apontam que os acusados cometeram crimes de corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, violação de sigilo funcional e formação de quadrilha.

Fonte: Terra
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