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Polícia

PF prende nove acusados de fraudar benefícios do INSS em SP

5 dez 2012 - 15h00
(atualizado às 15h27)
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Rose Mary de Souza
Direto de Campinas

A Policia Federal em Campinas prendeu nove pessoas na manhã desta quarta-feira, entre elas dois advogados e contadores em Itatiba e Bragança Paulista, no interior de São Paulo, acusadas de integrarem uma organização criminosa que fraudava benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A operação, denominava El Cid 2, foi composta por uma força tarefa formada pela PF, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal.

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Nos escritórios dos indiciados, foram apreendidos livros, processos, carimbos, atestados, documentos pessoais de beneficiários
Nos escritórios dos indiciados, foram apreendidos livros, processos, carimbos, atestados, documentos pessoais de beneficiários
Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra

A investigação encontrou 44 benefícios adquiridos de forma fraudulenta entre 2003 a 2012. Segundo a delegada da Policia Federal Priscila Campêlo Macorin, foi descoberta a concessão de até três benefícios por pessoas de pensão por morte.

"Com a apuração de dados, encontramos uma organização criminosa que usava nome de empresas fictícias que adulterava dados, fabricava carimbos e intermediava o pedido do beneficio junto a previdência social", disse ele. Todo o material apreendido será periciado pelos técnicos da Policia Federal.

Nos escritórios dos indiciados, foram apreendidos livros, processos, carimbos, atestados, documentos pessoais de beneficiários, entre outros papéis que podem levar a mais envolvidos. Segundo a delegada, o prejuízo pode chegar a R$ 4,75 milhões. Os intermediadores, de acordo com a delegada, se utilizavam de incluir nos sistemas da Previdência Social de dados falsos com empresas desativadas e criação de vinculo empregatícios induzindo os servidores do INSS e Judiciário a erro.

O juiz da 1ª vara Federal de Campinas expediu 17 mandatos de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e cinco de prisão temporária. Os acusados foram indicados nos crimes de estelionato qualificado, formação de quadrilha, falsidade material, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual cuja e podem pegar até 20 anos de prisão.

Fonte: Especial para Terra
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