Morte de Patrícia Acioli: delegado é primeiro a depor
4 dez2012 - 10h39
(atualizado às 11h18)
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Juliana Prado
Direto de Niterói
O delegado da Polícia Civil Felipe Ettore, ex-titular da divisão de homicídios do Rio de Janeiro e responsável pelas investigações da morte da juíza Patrícia Acioli, foi a primeira testemunha de acusação a falar sobre o caso. Ele prestou depoimento no Fórum de Niterói, onde ocorre o julgamento do primeiro dos 11 policiais militares acusados de executar a magistrada em 11 de agosto de 2011 na cidade da Região Metropolitana do Rio.
"A divisão de homicídios foi acionada para atuar no caso desde a primeira perícia feita com exames de projéteis no local, por exemplo, além de depoimentos de testemunhas, até o final da investigação", informou o delegado. Ele ainda contou sobre a quebra de sigilo das antenas de telefonia e imagens de câmeras de segurança, ação que foi fundamental para esclarecer as circunstâncias do crime e refazer o percurso em carro e moto feito pelos autores do crime em Niterói.
Ettore também deu detalhes sobre a ação do grupo de Policiais Militares de São Gonçalo que era investigado por Patrícia Acioli por emitir, em excesso, os chamados autos de resistência. Falou ainda sobre os tentáculos do grupo liderado pelo comandante do sétimo Batalhão de Polícia Militar de São Gonçalo à época, cujo titular era o tenente-coronel da PM, Claudio de Oliveira, apontado como mandante do crime. O batalhão era investigado pela juíza por crimes de corrupção envolvendo vários PMs.
Juíza é executada em Niterói
A juíza Patrícia Lourival Acioli, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, foi assassinada a tiros dentro de seu carro, por volta das 23h30 do dia 11 de agosto de 2011, na porta de casa em Piratininga, Niterói. Segundo testemunhas, ela foi atacada por homens em duas motos e dois carros. Foram disparados 21 tiros de pistolas calibres 40 e 45, sendo oito diretamente no vidro do motorista.
Patrícia, 47 anos, foi a responsável pela prisão de quatro cabos da PM e uma mulher, em setembro de 2010, acusados de integrar um grupo de extermínio de São Gonçalo. Ela estava em uma "lista negra" com 12 nomes possivelmente marcados para a morte, encontrada com Wanderson Silva Tavares, o Gordinho, preso em janeiro de 2011 em Guarapari (ES) e considerado o chefe da quadrilha. Familiares relataram que Patrícia já havia sofrido ameaças e teve seu carro metralhado quando era defensora pública.
Marli é amparada por familiar enquanto espera o julgamento do cabo Sérgio Costa Jr
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mãe de Patrícia Acioli, Marli chega com uma bengala ao fórum de Niterói
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mãe e irmã de Patrícia Acioli dão as mãos para acompanhar o julgamento de um dos acusados de matar a juíza
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Cabo da PM Sérgio Costa Jr, um dos 11 acusados de assassinar a juíza Patrícia Acioli, chega ao Fórum de Niterói
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Processo sobre o assassinato da juíza tem cerca de 7500 páginas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Advogado da família de Acioli, Técio Lins e Silva, abraça dona Marli
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Réu Sérgio Costa volta ao julgamento após intervalo de cinco minutos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
O julgamento acontece na Comarca de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Sérgio Costa será julgado separadamente dos outros 10 réus, porque deu detalhes sobre o crime e confessou participação no assassinato, depoimento que deve manter perante aos jurados
Foto: Mauro Pimentel / Terra
O PM Sérgio Castro depõe na frente do promotor Leandro Navega e do juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Irmãs da juíza assassinada choram enquanto o réu narra como foi a perseguição e a emboscada
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mãe e irmã de Patrícia Acioli não desgrudaram as mãos durante o depoimento do réu
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mãe de juíza assassinada reza durante o depoimento do PM que confessou ter atirado em sua filha
Foto: Mauro Pimentel / Terra
O depoimento do PM Sérgio Costa durou cerca de uma hora e meia
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Após o depoimento, o réu saiu para o intervalo de almoço
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Familiar da juíza chora durante julgamento do cabo acusado de matar a magistrada Patrícia Acioli
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Juiz Peterson Barroso Simão, titular da 3ª Vara Criminal de Niterói, durante julgamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Mãe de Patrícia, Marli, com familiar durante o julgamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Dona Marli, mãe da juíza assassinada, acompanha julgamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Promotor Leandro Navega durante o julgamento nesta terça-feira
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Advogado da família, Técio Lins e Silva
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Advogado de defesa e promotor discutem durante julgamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Muitos jornalistas acompanham o julgamento de um dos acusados da morte da juíza
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Advogado de defesa durante julgamento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Sérgio Castro Jr sai da sala do julgamento após ser condenado pela morte da juíza Patricia Acioli
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Cartaz pendurado na porta do fórum homenageava Patricia Acioli
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Irmã da juíza assassinada dá entrevista a veículos de comunicação após ouvir a sentença do réu
Foto: Mauro Pimentel / Terra
A mãe de Patricia deixa o tribunal
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Marli Acioli se emociona no final do julgamento que condenou o cabo Sérgio Castro Jr pelo assassinato de sua filha
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Marli, mãe da juíza assassinada, abraça o advogado de acusação Técio Lins e Silva ao fim do julgamento