MA: Dilma inaugura expansão de porto e se cala sobre royalties
- Clodoaldo Corrêa
- Direto de São Luís
A presidente Dilma Rousseff (PT) inaugurou nesta segunda-feira a expansão do Porto do Itaqui, em São Luís (MA). A obra, de R$ 139,5 milhões, aumenta a capacidade de importação e exportação de um dos maiores portos do País em 5 milhões de toneladas por ano. A presidente recebeu ainda medalhas da Assembleia Legislativa e do governo do Estado. Embora venham reclamando do veto da presidente ao artigo de distribuição igualitária dos royalties do petróleo, os deputados estaduais preferiram ter o momento apenas como festivo.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), destacou que a ampliação do porto faz parte de um conjunto de ações para modernização do Estado, com investimentos da ordem de R$ 120 bilhões. A governadora disse que a visita de Dilma foi acertada como compromisso pelo quarto centenário da cidade. "Eu estava com o coração apertado porque a presidente ainda não tinha vindo à capital nessa data. O Maranhão expressa uma homenagem à presidente que tem nos ajudado muito a melhorar a qualidade de vida do povo", declarou ela.
Ao receber as medalhas Timbira (do governo estadual) e Manoel Beckman (da Assembleia Legislativa), a presidente falou sobre a responsabilidade de melhorar os índices no Estado e das belezas naturais da capital maranhense. "Conheci São Luís há 40 anos fazendo turismo. É um acervo arquitetônico de riqueza cultural, como o Tambor de Crioula, Cacuriá, Bumba-meu-Boi. O governo federal, em parceria com o estadual e a sociedade, tem uma responsabilidade muito grande com o desenvolvimento deste Estado", afirmou ela.
Dilma não respondeu à imprensa sobre os royaties e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão, o pior do País segundo dados de 2010 divulgados recentemente pelo IBGE. O deputado estadual Roberto Costa (PMDB) disse que agora era o momento de cobrança no Congresso com relação ao veto dos royalties, uma vez que a presidente já havia tomado a decisão. "Temos que respeitar a decisão dela. Agora a pressão passa a ser em cima do Congresso, que pode derrubar o veto. Ela teve as razões dela assim como o Congresso tem sua razão de derrubar. Acho que faltou um envolvimento do povo. O Rio de Janeiro teve maior organização e mobilizou as pessoas, e nós não", afirmou.